Por Emanuel Cancella –
O Almirante Othon, ex-presidente da Eletronuclear e pai do submarino atômico, foi preso, algemado, pela Lava Jato sem provas, como de costume na Operação, e só depois de muito tempo foi libertado. Com certeza porque nada provaram contra ele (3).
Almirante Othon mexeu numa área sensível que é desenvolver o átomo para aplicar em usinas nucleares e, no caso especifico, no submarino atômico.
Os EUA não aceitam que países como o Brasil, Irã e outros entrem para o grupo seleto do desenvolvimento da energia nuclear. Com certeza por isso prenderam Othon!
Os submarinos atômicos que estão sendo construídos, na visão estratégica de Othon, seria para proteger nossas costas marinhas e o pré-sal, área gigante de petróleo. E, não por acaso, justamente os EUA não reconhece como nossos os limites marítimos onde ficam grande parte do pré-sal.
Na época só tínhamos o pré-sal no Sul e Sudeste. A Petrobrás ainda não tinha descoberto o pré-sal da Margem Equatorial do Amazonas.
Se, no mundo todo, há guerras com verdadeiras carnificinas para pegar o petróleo alheio, no Brasil não precisaram dar um tiro: Moro prendeu Othon contando com o PGR Rodrigo Janot. Segundo o saudoso cientista político Moniz Bandeira, em entrevista ao Jornal do Brasil, em 2016: “Moro e Janot atuam com os Estados Unidos contra o Brasil”(1).
Eu, Emanuel Cancella, como brasileiro e advogado, junto com o advogado da Anistia Internacional, André de Paula, fomos até à base naval no Rio para visitar e tomar conhecimento do motivo da prisão, bem como prestar uma homenagem ao Almirante Othon que, até que se prove o contrário, é um herói nacional (5).
Uma prática da Lava Jato é o acordo de silêncio entre as partes para que não aconteça o que aconteceu com o advogado espanhol Rodrigo Tacla Duran afirma provar que pagou para não ser preso a primeira parcela da propina US$ 612 mil e depois denunciou Moro e Dallagnol por extorsão, (2).
Estou condenado em 1ª instancia, respondendo em liberdade. Já recorri, através do advogado André de Paula, por crime de calúnia por possíveis ofensas ao ex-juiz Sergio Moro.
E minha condenação veio depois que não aceitei o silêncio entre as partes, proposto por Moro. Caso eu tivesse aceitado, não estaria condenado a um ano e quatro meses de prisão, e pagamento de multa de um pouco mais de 18 mil reais (4).
Com certeza que muitos dos condenados pela Lava Jato gostariam de falar, mas estão amordaçados pela Lava Jato na Delação Premiada, a qual, se não em todas, mas na maioria, inclui o acordo de silêncio entre as partes.
Fonte:
4 – Ação Penal Nº 0178170-29.2017.4.02.5101/RJ Mandado Nº 510003871779
5 – https://www.blogger.com/blog/post/edit/2201420444155051389/3674052658992956521
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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