Por Kleber Leite

O Corinthians demitiu Luxemburgo e contratou Mano.

O Flamengo – as fontes seguras garantem – já tem tudo acertado com Tite, só que, para Janeiro de 2024. O que se sabe é que Tite assumiu compromisso com sua família em só voltar a trabalhar no ano que vem. Não bastasse, tornou público este acordo familiar.

Os amigos que sabem tudo de Corinthians, e que conviveram com Tite, são categóricos em afirmar que o ex-treinador da Seleção é firme naquilo que se compromete.

Resumo da ópera no que nos compete:

Tite em Janeiro. E até lá, quem será o responsável neste ano trágico em, no mínimo, garantir vaga na próxima Libertadores?

Já sabemos que os nossos jogadores estão incomodados com a presença indesejada de Sampaoli e com a inércia da diretoria em dar solução ao problema.

Pelo que apurei hoje, todos – “inclusive, todos” – os dirigentes do Flamengo entendem que a demissão de Sampaoli é sadia para o futuro imediato. Todos pensam assim, menos o presidente Rodolfo Landim.

Há quem comente que, como a multa com Sampaoli que é de 16 milhões de reais e cai um milhão a cada mês, seja este o motivo para o presidente ir empurrando com a barriga, economizando assim um milhão a cada trinta dias.

Minha avó Corina diria que trata-se de economia porca. Eu acrescentaria a palavra “insana”. Afinal, o que adianta economizar dois ou três milhões, colocando em risco duzentos milhões no caso do Flamengo não disputar a Libertadores?

Isto sem falar no principal, até porque o Flamengo não é uma quitanda, onde, como negócio, só se vise o lucro. O prejuízo institucional seria monumental para a imagem do clube, com orçamento de um bilhão e duzentos, além de passar o ano sem ganhar nem torneio início, ficar fora da Libertadores seria um desastre irreparável.

Para piorar: Landim, nesta sexta-feira, sai de férias. E agora?

Soube que todos que o cercam, inclusive, os que só dizem Amém, alertaram para o perigo, sugerindo, mesmo que tardiamente, modificação no comando do futebol. Landim deu de ombro a todos.

No fundo, é como se fosse uma mega sena, em que 45 milhões de pessoas participaram e o bilhete “premiado “estava com ele. Azar do Flamengo e dos seus 44.999.000 torcedores.

Algo que me espanta: como as pessoas que fazem parte desta diretoria não se insurgem ante tamanha barbaridade?

Se Landim entende que o Flamengo é ele e mais ninguém, o que esta gente continua fazendo lá se de nada vale o que cada um pensa?

Bigodinho, frentista do posto Ipiranga da Lagoa, sem muito conhecimento de causa da política rubro-negra, mas com extrema sensibilidade, sapecou: “Chefia, é só colocar o Diego Ribas de supervisor e o Felipe Luiz de treinador, que a felicidade vai voltar…”

Seja esta a melhor solução ou qualquer outra normal, fato é que os jogadores vão jogar por quem assumir.

Só não enxerga isto quem nunca foi apresentado à bola.

KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo, blogueiro e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.

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