Redação

A juíza da Vara de Execuções Penais de Ribeirão das Neves, Miriam Vaz Chagas, autorizou, na tarde desta quarta-feira, dia 25, que o empresário Marcos Valério, condenado pelo esquema do mensalão, possa trabalhar em empresas conveniadas ao Complexo Penitenciário Público Privado de Ribeirão das Neves. Além disso, a juíza concedeu a Valério o direito à saída temporária.

De acordo com o advogado de Marcos Valério, Dalvo Benfeito, a juíza decidiu que, em um primeiro momento, o empresário trabalhe em uma das empresas cadastradas no presídio. Caso não haja vagas para trabalhar dentro da unidade prisional, o empresário pode ser autorizado a trabalhar fora da unidade, no período de 6h às 20h.

NÃO HÁ VAGAS – Questionado sobre qual é a expectativa para a obtenção do trabalho, Benfeito disse que acredita não ter vaga na unidade prisional. “Normalmente as vagas são para trabalhos braçais. O Marcos (Valério) teve o pulso quebrado dentro da Nelson Hungria. Ele também é um senhor de idade, não teria pique para, por exemplo, capinar. Mas é uma suposição. Vamos aguardar a resposta”, afirmou o defensor.

Como foi autorizado à saída temporária, destinada aos presos que cumprem regime semiaberto, como é o caso de Valério, ele poderá deixar o presídio por 35 dias ao ano. Cada saída não pode exceder o limite máximo de sete dias. É necessário um intervalo de 45 dias entre as saídas.  As saídas acontecerão de acordo com o calendário do presídio, mas ele já está autorizado.

NOVA PRISÃO – Marcos Valério estava preso no Complexo Penitenciário Nelson Hungria, em Contagem. No dia 4 de setembro, o ministro do Superior Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, autorizou a progressão do empresário para o regime semiaberto.

Em Contagem não existe presídio para o cumprimento do regime semiaberto. Por isso, Valério foi transferido para o presídio em Ribeirão das Neves. (fonte: O Tempo, por Pedro Augusto Figueiredo)