Por Carlos Barreto –

Neste teatro da vida de encontros e desencontros, vamos encontrando ao longo da estrada da vida, pessoas que agregam, que nos emocionam, que nos fazem vibrar, pequenos gestos, olhares singelos que marcam a nossa vida numa simples passagem que fica gravada. Esses momentos marcam para sempre, seja numa conversa que fica, um olhar que perpetua, uma voz que não se esquece, um gesto que fica tatuado nesta encruzilhada de altos e baixos que é o viver.

São esses momentos e essas vivências que nos fazem bem, que nos puxam para novos desafios de continuar a crescer e dar as mãos em grupo e elevar a vida em sociedade.

Nesse grupo de pessoas incluo a mãe Florinda, o pai Barreto, a mãe Teresa os filhos André e Francisco, os netos Lucas e Miguel, a nora Adriana, a amiga Rita, o parceiro Miguel, o tio Manel, os amigos Moura e Humberto, o amigo Siro e o compadre Edson, o afilhado Gonçalo, e podia perder horas a mencionar nomes e pessoas mas o fantástico é a riqueza que pessoas além de pessoas além de seres humanos cada um diferente entre iguais preenchem um capítulo do grande livro da nossa vida e são esses que agregam que nos dão exemplo que nos engrandecem como pessoas e seres humanos.

Somos matéria e vida enquanto respiramos e são esses os nossos baluartes que deixam muito de si.
Ao invés e infelizmente hoje em dia, tornou-se comum, gente que tem obrigação de nos fazer viver em comunidade que são um autêntico desastre, pois segundo a segundo destroem o que nos vai na alma perpetuamente.

Vivemos tempos confusos, momentos de terror que nos chegam a toda a hora sob a forma de guerra, imagens que já nos habituamos a olhar e sem pedirem licença nos amarguram, destroem a natureza humana e nem nos questionamos por fazermos parte delas.

As agressões visuais a que somos sujeitos todos os dias de mulheres e crianças em fuga para o desconhecido que as televisões nos atiram ininterruptamente, imagens que pensávamos nunca mais olhar, tornaram-se presença diária nas nossas vidas.

O que leva o ser humano chegar a este ponto, ao que leva a ganância de poder destruir o que de mais importante temos na vida que é nascer, viver e morrer com dignidade. Estes últimos tempos seja pela pandemia do covid, seja pela guerra trouxe-nos algo inimaginável que estamos a viver em direto da forma mais ignóbil e terrifica que chegamos e nos leva a um destino sem saída.

Todos presenciamos, vemos a toda a hora o que nunca deveríamos presenciar que é a crueldade do ser humano. Seria imaginável no pior cenário de um filme de terror, assistirmos a imagens em direto da destruição de vidas, da separação de famílias construídas por toda uma vida e que o ódio de alguém consegue acabar numa decisão.

Somos agredidos, violados segundo a segundo por algo que também somos parte ativa neste planeta, a razão de ser e viver. A vida é muito mais que a crueldade de alguém que num jogo de horrores se aventura a desafiar a razão da essência humana.

 

Corremos risco de achar tudo normal e a destruição dos sonhos se tornarem uma consciência suja em que todos sofremos, nesta aventura de aceitação.

Tudo o que nos suga energia que nos contamina e que nos faz mal, devemos eliminar e fantasiar que não existe e não nos tiram do curso normal.

CARLOS BARRETO –  Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.


 

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