Por Luiz Carlos Prestes Filho –
ENTREVISTA N.20 – ESPECIAL REGULAMENTAÇÃO DE JOGOS.
Para o empresário Frederico Mello, sócio proprietário dos hotéis fazenda “Vilarejo” e “Acalanto”, em Conservatória, Valença/RJ: “O jogo é uma variável mundialmente importante para impulsionar o turismo nacional.” Em entrevista exclusiva afirmou:
“A cidade de Valença poderia atrair feiras nacionais e internacionais de jogos. O Vale Histórico do Ciclo do Café ganharia exponencialmente, seria mais frequentado.”
Luiz Carlos Prestes Filho: Qual a sua visão, como sócio proprietário dos hotéis fazenda “Vilarejo” e “Acalanto”, em Conservatória, distrito de Valença/RJ, sobre os encaminhamentos no Congresso Nacional e no STF que podem regulamentar, em breve, os jogos de Apostas em Dinheiro Administrados pela iniciativa privada no Brasil?
Frederico de Mello: A combinação de jogos com destinos turísticos é a união perfeita para alavancar o turismo no interior do Estado do Rio de Janeiro, onde as pessoas poderão conciliar jogos com passeios. Se os brasileiros viajam tanto para jogar no exterior acho melhor que eles possam jogar aqui no nosso país.
Prestes Filho: Estamos atravessando uma crise econômica, a regulamentação é uma oportunidade?
Frederico de Mello: A atividade turística deve ser vista como parte fundamental da retomada econômica. Minha estrutura de hospedagem, recreação, lazer e de alimentação não se desfez na pandemia da Covid 19. Está pronta para reagir. Neste contexto o jogo é uma variável mundialmente importante para impulsionar o turismo nacional. Conservatória não pode ficar para trás, somos referência nacional.
Prestes Filho: A Cadeia Produtiva da Economia de Jogos do mundo promove diversas atividades.
Frederico de Mello: A cidade de Valença poderia atrair feiras nacionais e internacionais de jogos. O vale histórico do ciclo do café ganharia exponencialmente, seria mais frequentado. Tenho certeza que Conservatória esteve e está de braços abertos para eventos e congressos, inclusive para aqueles voltados para a alta tecnologia e mobiliário de cassinos e bingos.
Prestes Filho: Os jogos agregariam valor ao cenário de Conservatória e aos seus seresteiros?
Frederico de Mello: É importante que a regulamentação venha empoderar nossas atividades tradicionais, inclusive, no campo da música e, especificamente, no campo das serestas e serenatas. Temos que debater esse assunto. Acredito que possamos todos usufruir dos benefícios que a cadeia produtiva dos jogos. Ela poderá proporcionar desenvolvimento para o turismo. É um tema que podemos debater e quanto mais debates sobre este assunto melhor.
Prestes Filho: O projeto de lei que regulamenta Cassinos Resort beneficia Valença ou a cidade ganharia mais com pequenos Cassinos Urbanos e Bingos?
Frederico de Mello: A nossa região está pronta para receber negócios de todos os tamanhos relacionados a jogos. É totalmente possível viabilizar com sucesso os jogos em complexos turísticos como dentro do Hotel Fazenda “Acalanto”.
Prestes Filho: Quais seriam as cidades do Estado do Rio de Janeiro com mais potencial para o negócio cassino/bingo/turismo?
Frederico de Mello: Nosso Estado tem varias cidades com esta vocação. A decisão sobre a instalação em uma ou outra cidade vai acontecer de acordo com interesses de empresários e prefeituras.
Prestes Filho: Os impostos arrecadados deveriam ser direcionados para uma área específica?
Frederico de Mello: Os fundos deveriam estar voltados para a constante capacitação e profissionalização dos profissionais ligados ao turismo no brasil.
Prestes Filho: A infraestrutura existente hoje no Vale Histórico do Ciclo do Café está pronta para receber cassinos e bingos?
Frederico de Mello: Nossa região conta com excelentes empreendedores no ramo da hotelaria. Temos ótimos hotéis e uma capacidade ociosa durante a semana para receber os turistas em busca de diversão e jogos. É obvio que com a regulamentação dos jogos os governos municipais de todas as cidades devem se preparar para a chegada deste novo público e negócios.
LUIZ CARLOS PRESTES FILHO – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Cineasta, formado em Direção de Filmes Documentários para Televisão e Cinema pelo Instituto Estatal de Cinema da União Soviética; Especialista em Economia da Cultura e Desenvolvimento Econômico Local; Coordenou estudos sobre a contribuição da Cultura para o PIB do Estado do Rio de Janeiro (2002) e sobre as cadeias produtivas da Economia da Música (2005) e do Carnaval (2009); É autor do livro “O Maior Espetáculo da Terra – 30 anos do Sambódromo” (2015).
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