Por Miranda Sá

“Queria um Google na minha cabeça e um antivírus no meu coração” (Desconhecido – via O Pensador)

Autofalantes da mídia arremetem com som de mil decibéis a epidemia do coronavírus, comprovadamente uma doença vírica de distribuição mundial; mas é importante saber que o coronavírus já existe há anos causando infecções respiratórias.

O “novo coronavírus” é uma mutação, um subtipo, como acontece frequentemente com os vírus, e por ser “novo”, foi batizado de COVID-19.

Ocorre que aparece justamente em tempos complicados, quando o mundo está meio complicado, com várias crises políticas, econômicas e até ameaças de guerra.

Mas, para tranquilizar os que se apavoram diante da pertinaz e assustadora divulgação da epidemia, temos felizmente certeza de que esta enfermidade traz um baixo índice de mortalidade, atingindo apenas pessoas de baixas defesas, idosos e portadores de doenças crônicas. Aliás, mortes advêm até com a gripe…

É de se considerar, também, que além das altas chances de sobrevivência, e para nós tropicalistas, há o fator deste vírus ter surgido em pleno inverno, com temperatura inferior, havendo indícios de que o vírus sobrevive menos no calor.

Como as viroses são transmitidas por contágio entre seres humanos pessoa a pessoa, de animal para animal e destes para pessoas, através de vetores artrópodes, é fundamental a coleta dos dados, análises e pesquisas científicas.

Constatamos, felizmente, que a situação epidemiológica das doenças transmissíveis no Brasil conta com a presença de magníficas instituições científicas, como a Fiocruz, a USP e o Butantã que efetivamente com a política empreendida pelo Ministério da Saúde.

Além das definições que a Ciência nos dá, encontramos o verbete Vírus dicionarizado como um substantivo masculino vindo do latim (virus.i.) que significava veneno. No nosso idioma indica na Medicina os organismos microscópicos que, causadores de várias doenças e, na Informática, sabotagem que se instala em computadores para causar danos ou fraudes.

Já existem as palavras ‘viral’ – relativo a vírus ou causado por ele -, e ‘virótico’ (Dicionário Houaiss); e também ‘vírico’ (Grande Dicionário da Língua Portuguesa) com o mesmo significado que viral. Temos igualmente o verbo transitivo, intransitivo e pronominal ‘viralizar’, espalhar para criar um efeito.

Diante da situação que aflige a humanidade é bom aprender com Shakespeare que “a sabedoria e a ignorância se transmitem como as doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias”; então, além de lavar bem as mãos ou usar o álcool gel, é preciso estudar e aprender em vez de dar ouvidos a boatos e fuxicos.

Buscar a informação teórica nos clássicos é um contra vírus que nos livra das baixarias de uma mídia comprometida, a imprensa que numa projeção de Joseph Pulitzer nos alertava que seria mercenária, demagógica e corrupta…

Libertando-nos das fake news virulentas, dos boatos e fuxicos provindos dos agentes do mal, estabeleceremos uma “nova política” real, a serviço da Nação e não pelo interesse de camarilhas econômicas, ideológicas e políticas.

Teremos assim a vacina contra o mais resistente dos vírus, a corrupção, que as redes sociais já nominaram de “coruptovírus”; contra a infiltração dos corruptos em todos os setores da vida nacional transmitindo o contágio nas pessoas de baixa imunidade da ignorância.

Do mesmo jeito como o Governo, Entidades Médicas e Centros de Pesquisa Científica trabalham para enfrentar o novo coronavírus, é preciso, a todo custo, despertar o povo para lutar contra a propagação da cultura do jeitinho, da propina e da impunidade, resíduos que sobraram da Era Lulopetista.


MIRANDA SÁ é jornalista, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como a Editora Abril, as Organizações Globo e o Jornal Correio da Manhã. Recebeu dezenas de prêmios em função da sua atividade na imprensa, como o Esso e o Profissionais do Ano, da Rede Globo.