Por José Macedo

Hoje, lembrei-me desta frase, de sua lavra: “se matamos uma pessoa, somos assassinos, se matamos milhões de homens, celebram-nos como heróis”.

Então, não se aplica ao momento atual, no Brasil? Diante da responsabilidade do governo brasileiro, sua omissão frente aos graves problemas sociais, a fome de milhões de brasileiros e a insegurança alimentar de outros milhões, a pandemia, não só, foi negada, definida como gripizinha, pelo representante do executivo, resistiu à vacinar a população, aconselhando-a ao tratamento através de medicamentos, declarados ineficazes, por pesquisadores e órgãos mundiais de saúde, OMS, por exemplo. Resultado: somamos, em nosso país, uma estatística de mais de 600.000 óbitos. Grande percentual dessas mortes são debitadas ao governo, por isso, definido como genocida. Porém, muitos de seus seguidores, “celebram-no de mito”. Hitler, em 1938, também, foi ovacionado.

Nesses dias, fomos surpreendidos com a variante, Ómicron, Órgãos de saúde aconselham que, se adote e até, obrigue o passaporte da saúde, reconhecido pelo STF, como constitucional.

Nossa Constituição, em seu artigo 5°, define a vida como nosso bem maior. Sem a vida não conquistamos outros bens, incluindo o direito de ir e vir, a liberdade etc. O ministro da saúde, um médico, frize-se, diz que, “é melhor perder a vida do que liberdade”. O Bolsonaro afirma para seus seguidores: “querem colocar uma coleira no povo”. Entendo que, seguindo a constituição, a liberdade não se sobrepõe à vida, não se sobrepõe, quando estamos diante do coletivo. O individualismo, a ausência de empatia e de não enxergar a alteridade são as bases do governo que matou e matará outros milhões, sob sua orientação, pensando em não pressionar os gastos orçamentários, com a saúde, previdência, escola etc. Terrível! Então, pensam em ter escola sem partido, acabar com o livro físico, exemplos seria o que? Seria, exatamente, o inverso, retirar, de vez, o direito à vida e a liberdade de pensamento. Assim, ver crianças brincado sobre a sujeira jorrando em suas calçadas; o desemprego, a fome e falta de escolas de qualidade são, então, liberdades? Vejo, então, a aplicação da teoria do extermínio. A intenção é, o plano macabro, sim: matar milhões de brasileiros, o desenho do horror, jamais visto. O governo deseja que as crianças frequentem escolas, segundo seu critério de liberdade?

Concluo que, a história registrará esse tempo como o de horror e de perversidade.

JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.


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NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.