Redação –
A extremista Sara Giromini usou suas redes sociais para criticar a falta de apoio de integrantes do governo federal e da ministra de Direitos Humanos, Damares Alves, desde que foi presa, em junho. Investigada no inquérito que apura a realização de manifestações antidemocráticas no Brasil, a extremista está em prisão domiciliar usando tornozeleira eletrônica.
Em um vídeo publicado em seus stories no Instagram, aos prantos, ela relata estar se sentindo desamparada. A publicação esteve entre os assuntos mais comentados no Twitter nesta segunda-feira, dia 5. “Muita gente me pergunta o que foi feito, quem nos apoiou. Da parte do Ministério de Direitos Humanos, nada foi feito. E nem da mãe amiga Damares. Nenhuma visita, nada”, falou.
Sara Winter chora por não poder contar com ajuda de Damares e Bolsonaro pic.twitter.com/7uxJMkQwjQ
— Héllen Alves (@hellenhap) October 5, 2020
“DESILUDIDA” – Sara relacionou os problemas emocionais por que vem passando com suas desilusões políticas. Antes de ser presa, a militante era a líder do grupo de apoio ao presidente ‘300 do Brasil’. “Quando você luta por algo que você acredita, você está disposta a dar a vida. Mas quando você vê aquilo que você acredita indo na contramão do que você luta, você entra em parafuso. (…) Tem horas que eu só queria gritar para alguém me ajudar, mas não existe esse alguém. Eu vou ter que levantar e resolver os meus problemas. E não tem Bolsonaro para ajudar, não tem Damares para ajudar”, afirmou.
O desabafo acontece após uma foto do presidente abraçado com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli viralizar na internet. Bolsonaro se reuniu neste a sábado com o ministro, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e Kassio Marques, seu indicado para o STF.
INVEJA – Em um texto publicado no Facebook, a extremista comentou a imagem: ‘Que inveja eu tenho do Toffoli. Ele pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro’. Na postagem, ela mais uma vez critica a ministra Damares, que antes chamava de mãe. ‘Sou a filha que Damares abortou. O ofício que meus advogados protocolaram no Ministério dos Direitos Humanos no dia 17 de Junho sobre a prisão política está jogado lá, nem olharam, tampouco responderam’, escreveu.
Segundo Sara, a orientação dentro do ministério é exonerar todas as pessoas que tiveram contato com ela. ‘A praga do Bolsonaro não é a esquerda, é a loirinha que causou tentando defendê-lo. (…) Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador’, afirmou a extremista.
Fonte: O Globo
MAZOLA
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