Redação

Presidente ameaçou encerrar entrevista depois de ser questionado sobre críticas ao ministro Barroso.

O presidente Jair Bolsonaro ameaçou encerrar uma entrevista à imprensa na tarde desta 2ª feira (12.jul.2021) depois de ser questionado se estava arrependido das críticas feitas ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso. Em seguida, o presidente convidou a imprensa a rezar o Pai Nosso.

Para de falar esse ‘arrepende’, cara. O que está feito, está feito. Eu não vim aqui para brigar com ninguém. Eu acabei de falar para vocês. Vai acabar a entrevista. Depois diz que eu sou grosso. Vai acabar a entrevista. Vamos rezar o pai nosso aqui, vamos? Vamos rezar? Vamos lá, vamos ajudar, vamos rezar o Pai Nosso”, disse em entrevista na saída do STF (Supremo Tribunal Federal), onde se reuniu com o presidente da Corte, Luiz Fux.

Antes da fala, o presidente disse ter problemas com “um ministro“, em referência a Barroso. “Ele está tendo um ativismo legislativo, o que não é concebível na questão do voto impresso. Nada mais além disso“, disse. Bolsonaro encerrou a entrevista, que durou 30 minutos, dizendo ser “paz e amor“.

Na entrevista, Bolsonaro citou que uma de suas rotinas diárias pela manhã é rezar o Pai Nosso e que falou para Fux sobre isso. “Eu falei sobre uma das minhas atividade de manhã que era rezar o Pai Nosso, onde no final diz o Pai Nosso que devemos perdoar as nossas ofensas enquanto perdoamos a quem nos tem ofendido“, afirmou.

CRÍTICAS A BARROSO

O presidente afirmou no sábado (10.jul.2021), sem apresentar qualquer evidência, que o ministro Luís Roberto Barroso, defende a pedofilia e não deveria estar na Corte. Afirmou que o lugar dele é no Congresso, onde pode defender as suas opiniões.

“Ministro esse que defende a redução da maioridade para estupro de vulnerável, ou seja, a pedofilia é o que ele defende. Ministro que defende a legalidade das drogas. Com essas bandeiras todas, ele não devia estar no Supremo. Devia estar no Parlamento”, disse Bolsonaro.

O Supremo negou que o ministro tenha defendido a redução da maioridade para estupro de vulnerável. Em 2017, o magistrado votou para manter ação contra rapaz de 18 anos acusado de ter relações sexuais com uma menina de 13 anos.

Fonte: Poder360


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