Por Kleber Leite

Alguns amigos e companheiros, mesmo concordando com a publicação pós-jogo, o consideraram incompleto. Crítica absolutamente correta, onde fica provado que o produto final, tendo como base a emoção, sempre ficará devendo…

Agora, com mais calma, embora ainda inconformado com tudo que assisti, tento alinhar o que ficou faltando no post anterior.

De cara, algo espantoso. Como é que um jogador em que 75% dos direitos econômicos valem mais de sessenta milhões de reais não participa de um jogo decisivo, mesmo como reserva, entrando durante a partida?

Por que entrou Diego e não Andreas?

Aliás, há muita gente importante tentando fazer ver ao presidente Landim a absoluta necessidade de “melar” esta apressada negociação. Tomara que esta ação seja bem-sucedida…

Aqui no blog, quase que, permanentemente, aparece a afirmativa de que o Flamengo não tem goleiro. Pessoalmente, considero Hugo, pela imaturidade e inconstância, longe de merecer a confiança do torcedor.

Embora haja quem pense diferente, em condições físicas normais, Diego Alves é nossa única opção, principalmente em jogo decisivo e, mais ainda, quando o caneco possa ser decidido nos pênaltis.

A opção do nosso treinador foi equivocada.

Sem querer, mas já sendo chato, volto ao tema de que treinador de clube não tem o direito de ter predileção tática. A melhor estratégia dependerá sempre do material humano disponível.

Quando se contraria a natureza, ocorrem os “pardalismos”, como o de fazer de Éverton Ribeiro um ala pela esquerda, quando todos já viram que o lado direito de ataque é onde o nosso número 7 rende melhor. Resultado da teimosia: perdemos os dois lados, com Éverton não rendendo o que pode pelo esquerdo e, o direito dependendo de Rodinei. Francamente…

Ia esquecendo. Qual a explicação para Marinho não ter entrado?

E os pênaltis, hein? Qual a explicação para Gabigol não ter cobrado o pênalti após a cobrança de Hulk?

Finalmente, quem manda? O treinador ou Diego Ribas?

Enfim, talvez esteja neste post o que faltou ser dito ontem.

Tomara que este jogo tenha servido de lição. Que o nosso Portuga entenda que no futebol o sucesso anda de mãos dadas com a simplicidade.

KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.


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