Por Sérgio Ricardo

Nesta terça-feira (22) às 9h30 será realizada reunião no Palácio Guanabara com a Secretaria de Estado da Casa Civil para tratar da Cessão de Uso da Ilha de Brocoió para sediar o campus avançado da Universidade do Mar, como desdobramento da vistoria técnica realizada em 17/05/2021 da qual participaram representantes de várias instituições: Subsecretaria de Restauro da Secretaria de Estado da Casa Civil, Departamento de Ensino e Navegação da Marinha do Brasil, Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (SEAS), Instituto Estadual do Ambiente (INEA), CONFREM e do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), além dos proponentes do Projeto Universidade do Mar da Baía de Guanabara (Reitoria da UERJ, Baía Viva e a MORENA – Associação de Moradores de Paquetá).

Atualmente, a Universidade do Mar conta com o apoio de mais de 40 instituições acadêmicas, órgãos públicos, setor pesqueiro e entidades da sociedade civil.

Após restauração, Solar del Rey deverá sediar um centro cultural comunitário e o Campus Avançado em Terra da Universidade do Mar (Divulgação/Baía Viva)

Na semana passada, o projeto recebeu o apoio por unanimidade da Diretoria Ampliada do Comitê de Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara (CBH-BG).

Estão previstos a implantação de 2 campus avançados da Universidade do Mar: na Ilha de Brocoió e no imóvel tombado Solar del Rey, na Ilha de Paquetá onde serão desenvolvidos estudos e pesquisas, monitoramento ambiental, estratégias de conservação da biodiversidade marinha – como para salvaguardar os botos cinza que é uma espécie ameaçada de extinção, projetos de Extensão Universitária e de educação ambiental e fomento da cultura oceânica e cursos livres voltados às comunidades pesqueiras e a população em geral.

Em plena Década dos Oceanos e da Restauração dos Ecossistemas (2021-2030, ONU), a Universidade do Mar tem por objetivo principal contribuir através de um Consórcio (pool) de instituições acadêmicas e da sociedade civil para a formulação de um Plano de Recuperação Ambiental Integrada da Baía de Guanabara que possa reverter o “sacrifício socioambiental” desta Baía e resgatar os seus usos comunitários como o lazer nas praias, a pesca artesanal, o turismo, a prática de esportes náuticos e nas areias das praias e o transporte aquaviário.


SÉRGIO RICARDO VERDE – Ecologista, membro fundador do movimento BAÍA VIVA, gestor e planejador ambiental, produtor cultural, engajado nas causas ecológicas e sociais, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, membro do Conselho Estadual de Direitos Indígenas (CEDIND-RJ) pela organização GRUMIN presidida pela escritora Eliane Potiguara. www.baiaviva.com