Por Emanuel Cancella

Sem contar os milhares de empregos que serão gerados na região, o pré-sal equatorial, na lei Lei 12.351/2010 de Partilha de Lula, gera royalties de 75% para a educação e 25% para saúde!  

O Ibama faz seu papel em cobrar, na questão do meio ambiente, rigor da Petrobrás na produção de petróleo na foz da Amazônia, entretanto impedir ou postergar é fazer o jogo do inimigo do progresso do Brasil, como a Globo que, em 2015, já afirmava em editorial: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil”.

Já no Governo Bolsonaro, o Ibama foi atropelado. Os predadores contrabandearam ouro, madeira, destruíram florestas de nosso bioma para a extração de madeira e ouro. Eram destinadas para isso áreas gigantes em reservas, até pessoa condenada por tráfico de drogas foi autorizada pelo General Heleno a explorar garimpo de ouro em área vizinha à terra indígena (5).

A área concedida para exploração de ouro é 60 vezes maior do que o Parque Ibirapuera, em São Paulo. (6,7).

No mínimo, Salles, ministro do Meio Ambiente, foi omisso com o tráfico de madeira na região da Amazônia. Até o jornal suíço publicou:” O mais importante ministro de Bolsonaro, Ricardo Salles, recebia propina da máfia da madeira tropical (1)?”.

Sabemos o quanto foi importante a luta do Ibama e do INPE contra o governo de Bolsonaro, devastador das florestas em nossos Biomas, principalmente Amazonia, Pantanal e Mata Atlântica, mas nossos órgãos fiscalizadores não conseguiram conter aquilo que o imperador Alexandre, o Grande (356-323) afirmava:  “Nenhum muro de cidade resiste, ou nenhum portão de cidade permanece fechado, diante de um burro carregado de ouro” (4).

A farra era tão grande que, em três meses, Banco Central comprou a maior quantidade de ouro dos últimos vinte anos (2). Tudo indica, para isso, ocorria o “esquentamento” do ouro ilegal, guardando semelhança com aquele que ocorre sobre a madeira irregular, com notas frias, por exemplo (3).

Para quem não sabe, a Petrobrás desenvolveu tecnologia inédita para produção de petróleo em águas profundas e no pré-sal e, por conta disso, a Petrobrás ganhou 4 prêmios OCT considerados o “Oscar” da indústria de petróleo.

Então se temos a tecnologia, o petróleo e consciência de respeitar o meio ambiente, por que não alavancarmos nosso progresso principalmente numa das regiões mais pobres do país?

Fonte:

1 – https://blogdopedlowski.com/2021/05/26/jornal-suico-pergunta-o-ministro-mais-importante-de-jair-bolsonaro-cobrava-subornos-da-mafia-da-madeira-tropical/

2 – https://www.bpmoney.com.br/noticias/economia/banco-central-do-brasil-nao-revelou-compra-de-toneladas-de-ouro

3 – https://semanaon.com.br/brasil/operacao-de-guerra-yanomami-passa-por-estrangular-garimpo-e-confiscar-ouro/

4 – https://www.recantodasletras.com.br/artigos/2094183

5 – http://www.blogdowelbi.com/2023/01/general-heleno-autorizou-condenada-por.html

6 – http://www.blogdowelbi.com/2023/01/general-heleno-autorizou-condenada-por.html

7 – https://www.agendadopoder.com.br/geral/suspeito-de-genocidio-general-heleno-autorizou-traficante-a-explorar-garimpo-na-regiao-dos-yanomami/

8 – https://portalclubedeengenharia.org.br/2020/02/08/petrobras-conquista-o-4-oscar-da-industria-petrolifera-offshore-mundial/

9 – https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727

EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.

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