Por Sérgio Ricardo –
Logo pós a pandemia do Coronavírus, o Conselho Universitário da UFRJ (CONSUNI) votará uma Moção a ser encaminhada ao Governo do Estado e à Prefeitura do Rio com uma proposta técnica apresentada pelo Movimento Baía Viva à atual Reitoria da UFRJ que visa a implantação de uma Estação de Barcas na Ilha do Fundão para atender a demanda estimada entre 40 a 60 mil passageiros por dia que circulam em direção à Cidade Universitária da UFRJ.
A proposta foi inicialmente apresentada pelo Baía Viva para análise técnica durante a gestão do Reitor anterior, Roberto Leher.
Segundo Sérgio Ricardo, membro-fundador do Baía Viva e morador da Ilha do Governador: “As novas barcas de menor porte, com capacidade a partir de 120 passageiros, que apresentam grande viabilidade ambiental, social e econômica, podem ser construídas nos estaleiros navais localizados na Ilha do Governador (o EISA, que encontra-se em processo de recuperação judicial), do bairro do Cajú e de Niterói que estão todos fechados desde a crise financeira de 2014/2015 que assolou a economia fluminense: neste período, estima-se que perdemos 50 mil empregos diretos e cerca de 30 mil indiretos somente no setor naval do Estado do Rio de Janeiro. A construção de novas barcas pode contribuir para a melhoria da mobilidade urbana e, ao mesmo tempo, ajudar na reativação da indústria naval que tem uma importância estratégica por agregar desenvolvimento tecnológico e geração de empregos.”
Entre 2018 e 2019, o Baía Viva promoveu o ciclo de debates: “Diálogos pelo Futuro do Rio de Janeiro” que ouviu pesquisadores, gestores públicos e a sociedade civil para identificar e propor soluções sustentáveis para a superação da crise econômica que se abateu sobre o estado que perdeu neste período mais de 500 mil empregos formais.
Estudos realizados pela própria UFRJ que atualmente já são reconhecidos até mesmo pelo setor empresarial como a FIRJAN, comprovam que a chamada “(I)mobilidade Urbana, gerada pelos cada vez maiores congestionamentos ou engarrafamentos que ocorrem diariamente, e de forma simultânea, no trânsito de diversas cidades da Região Metropolitana fluminense, provoca um prejuízo econômico ou uma “produção sacrificada” estimada em R$ 20 bilhões ao ano.
O Baía Viva defende como prioritárias três linhas de barcas para atender a elevada demanda da comunidade acadêmica da UFRJ que sofre diariamente nos congestionamentos da metrópole até chegar e sair da Ilha do Fundão: uma Linha Social ligando inicialmente o trajeto com a estação da Praça XV e, posteriormente, também com a Estação Araribóia, em Niterói. E uma Linha Seletiva (mais cara) para atender a demanda existente entre os passageiros que precisam se deslocar com rapidez entre o aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, e o Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador que é vizinha ao campus universitário da UFRJ. Segundo os dados disponíveis, a linha ligando a Praça XV com o município de São Gonçalo, que é o 2º mais populoso do estado, também apresenta grande viabilidade técnica e econômica.
#BAÍAVIVA
SÉRGIO RICARDO – Ecologista, coordenador do movimento BAÍA VIVA, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, engajado nas causas ecológicas e sociais.
MAZOLA
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