Por Karlos Holanda –
Provavelmente o leitor já deve ter escutado falar nesse termo, mas muitas pessoas têm dificuldade de entender o seu real significado.
Inicialmente vamos falar sobre alergia, que é uma resposta exacerbada do sistema imunológico, que ocorre quando alguma substância entra em contato com o nosso corpo. Essa substância pode gerar essa reação quando esse contato é feito através da pele, pela via respiratória ou mesmo quando ingerida. A essas substâncias damos o nome de alérgenos.
Como alérgenos podemos citar alguns exemplos, como medicamentos, alimentos, picadas de insetos, frutos do mar, plantas, entre outros. Após o contato com o alérgeno, as pessoas podem sentir uma série de sinais e sintomas como vermelhidão da pele, coceira, presença de bolhas pelo corpo, espirros, tosse, coriza, vermelhidão e inchaço nos olhos, entre outros.
Porém alguns pacientes ao entrarem em contato com determinados alérgenos, desenvolvem uma reação alérgica sistêmica grave e rápida, chamada de Anafilaxia. Ela é caracterizada pela queda da pressão sanguínea, aumento da frequência cardíaca, distúrbios da circulação sanguínea, podendo ocorrer edema (inchaço) da glote, que dificulta e ou até mesmo impede a chegada de ar aos pulmões e urticária (lesão avermelhada da pele associada a coceira intensa). A forma mais grave de anafilaxia é chamada de Choque anafilático, que pode levar a pessoa ao óbito, caso não seja tratado a tempo.
Alguns sintomas encontrados em pacientes com anafilaxia:
– Urticária
– Edema de lábios, pálpebras, orelhas e genitais
– Edema de glote
– Coceira nos olhos e nariz
– Obstrução nasal
– Falta de ar
– Náuseas e vômitos
– Diarréia
– Queda da pressão arterial
– Taquicardia
Diante de um quadro de anafilaxia essa pessoa deve ser encaminhada imediatamente para o hospital, porém hoje em dia já é possível iniciar o tratamento no local em que o paciente estiver. Pessoas com história de anafilaxia, hoje podem ter acesso as canetas de adrenalina autoinjetáveis. O uso precoce dessa medicação, aos primeiros sinais, pode reverter essa crise, impedindo sua evolução para formas mais graves e até mesmo fatais. Porém vale ressaltar que o seu uso só poderá ser indicado por um médico especialista, que após a investigação do quadro de seu paciente, poderá ou não indicar seu uso e treinar esse mesmo paciente e sua família para identificar as situações em que se deve fazer o uso dessa medicação.
O lado ruim disso é que no Brasil infelizmente ainda não há o registro desse medicamento na forma autoinjetável, logo não há a comercialização dele nas farmácias. Os pacientes com indicação de uso acabam tendo como única opção a compra dela importada, o que eleva muito o seu custo, e inviabiliza seu uso por pessoas de menor poder aquisitivo, até porque nem mesmo a opção importada está disponível em nosso Sistema Único de Saúde (SUS), aumentando dessa forma a mortalidade por um quadro que poderia ser revertido, desde que em sua fase inicial, com uma simples caneta de adrenalina autoinjetával.
Por fim sempre vale ressaltar, não use medicação por conta própria, pois pode ser um risco para sua saúde.
Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda
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