Por Kleber Leite

A nossa paixão é a mesma. Os nossos objetivos são comuns. O que queremos é o Flamengo imbatível ganhando o mundo.

Dito isto, por favor, avalie:

1 – Embora esteja mais do que na cara que necessitemos de providências estruturais no nosso futebol, sugiro o pragmatismo. O que nos interessa neste momento é conquistar a Copa do Brasil, garantindo uma volta olímpica – salvando o ano – e presença na próxima Libertadores.

2 – As decisões estruturais podem ser tomadas ao final da temporada. Enquanto muitos falam em profissionalizar o nosso departamento de futebol, prefiro uma palavra mais pertinente: Qualificar!!!
Muitos não têm noção do nosso estatuto. A presença de um vice-presidente de futebol é obrigatória e, muitos ignoram que este cargo não é remunerado. Todos os vice-presidentes, das mais variadas áreas, incluindo o futebol, são amadores, não recebem qualquer remuneração. O nosso problema do futebol começa aí.

3 – O vice de futebol, seja lá quem for, tem que ter o seu sustento e, para isso, precisa labutar.
No nosso momento atual: como é que o vice de futebol, Marcos Braz, pode comparecer com assiduidade a Vargem Grande, sendo vereador? Impossível! Vargem Grande é muito distante do Centro da Cidade, sem contar que o trânsito é caótico.

A única solução – e óbvia – é ter em tempo integral, em Vargem Grande, e onde estiver o nosso elenco, profissional QUALIFICADO que tenha poder e, em consequência, o respeito dos jogadores.

Claro que, sempre que necessário estará se reportando ao vice e ao presidente, porém, atuando como um autêntico executivo do futebol.

4 – Para isto, caso você assim entenda, há tempo, pois a temporada está se encaminhando para o seu final. O que não podemos perder é o momento de dar uma sacudidela, na tentativa da Copa do Brasil ser salva. Este treinador não tem sintonia fina com os jogadores e muito menos com o torcedor. Mude!!! Mexa!!! Transforme!!!

Seja uma opção conservadora, como por exemplo, Mano Menezes, ou uma ousada, como pinçar Filipe Luís de jogador para uma nova função. Ou até uma terceira, que não me ocorre. O que importa é mudar. Tentar, sem medo!!! E já!!!

Papai do Céu abençoa a coragem e a ousadia.

Ainda há tempo de um Natal feliz.

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Que pecado

Flamengo 0 x 0 Internacional.

Arrascaeta, que saiu lesionado aos 13 minutos de partida, é marcado por Gabriel durante Flamengo 0 x 0 Internacional. (Thiago Ribeiro/AGIF)

Incrível como um elenco como o do Flamengo não consegue traduzir em campo o que, minimamente, o torcedor espera.

Meu amigo Lédio Carmona, baita comentarista – o João Saldanha desta geração – optou pelo politicamente incorreto ao afirmar que o Flamengo tinha tudo, menos padrão de jogo.

Prefiro afirmar que com Sampaoli assumindo o comando, a tragédia foi anunciada. Que com ele, a possibilidade de padrão de jogo é zero.

Ao contrário de muitos amigos rubro-negros, não acho que o grande erro da diretoria tenha sido a demissão do atual treinador do São Paulo. Erro mesmo, definitivo, foi a contratação de Sampaoli.

Não há uma sintonia fina entre treinador e elenco. Qualquer treinador, independentemente do conhecimento de causa, tem a obrigação de ser um bom gestor de grupo. Está mais do que na cara que muitos jogadores do Flamengo estão jogando abaixo de suas reais possibilidades em função das estapafúrdias decisões do treinador, tirando a confiança de jogadores que sempre foram importantes, além da maluquice de não repetir o mesmo time em quase quarenta jogos.

Como a Libertadores foi, prematuramente, para o espaço. Como o Campeonato Brasileiro está cada vez mais distante. Como o que nos resta para salvar o ano é a Copa do Brasil, para aqueles que pregam ser equivocado trocar o treinador, lembro que este ano perdemos tudo que disputamos. Vamos espera mais o que, se ainda há uma oportunidade de levantar um caneco?

Como último lembrete : trocar o treinador antes de uma final de Copa do Brasil já aconteceu no Flamengo. Deu tudo certo. Fomos campeões.

O momento rubro-negro pede coragem.

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Nota de pesar

Amigos,

Longe de casa, recebo mensagem do grande repórter e amigo, Cícero Mello, de que faleceu José Cunha, honra e glória da comunicação esportiva. Narrador extraordinário e doce figura humana.

De longe, meu mais profundo sentimento à sua família e amigos.

O futebol está de luto.

KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo, blogueiro e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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