Por Bolivar Meirelles –
Todos, do Ciro Gomes a essa indefinida “Terceira Via” cobram uma tal de “autocrítica”. A quem? De quem? De quem esteve preso por mais de 500 dias? Não parecem cobrar auto crítica ao ex juiz Moro, ao Procurador Dallagnol. Porque? Indefinível situação.
Moro o ex juiz, o ex ministro da justiça. De quem? Do beneficiado, por ele, o capitão, Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.
Leonel de Moura Brizola diria a Ciro Gomes: “Ciro Gomes… te conheço de muito tempo, vens lá da ARENA, Partido da Ditadura dos Governos Militares…sim, dos torturadores, dos estupradores…me lembro bem, de um certo Coronel Ustra, o que torturou mãe em frente de filhos pequenos…’barbaridade che’. Vieste de lá”. “Logo no Partido que criei, no PDT…teremos outros donos, como no PTB, que de Ivete Vargas foi cair nos braços do Jeferson?…”. “Lupe! Lupe! Me traíste”. “Estivesse vivo lhes empurraria, a tu e ao Ciro, alambrado abaixo”.
Chapa Bolso Dória. De tão recente memória. Dória traidor em seu Partido. Eleger-se na corcunda bolsonarista, favas contadas, ao Governo do Estado de São Paulo. Certeza certa, mais que certa. Lá se foi, oportunista figura que, na essência nada tem de bom: “Privatizar todas as empresas públicas.” Meta de seu hipotético Governo Nacional.
O Governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, tão jovem…entreguista também. Nome novo para essa atitude antiga: liberal, neoliberal sim.
Mandeta voltou ao trilho da UDR, União Democrática Ruralista, seu orientador, o Caiado Governador de Goiás. Sim o Caiado, daquela família reacionária do Estado de Goiás, em 1964, porta vozes do golpismo torturador em Goiás.
Ninguém faz autocrítica. Só de Lula todos pedem.
Algo errado no reino despótico desse Brasil de 27 de outubro de 2021. Onze meses para a disputa presidencial. Conta, desconta, “nove foras…nada”. Todos cobradores. Eivados de vícios,…de erros…sem votos. Falta a essência definidora de possibilidade. Bolsonaro alvo de todos. Só um com votos suficientes para derrotar o fascista. “Atira pedra na Geni! Ela é boa de cuspir!”. Só Lula tem votos suficientes.
O PCB, realmente fez sua autocrítica, vem fazendo, desde a saída de Roberto Freire. Sim Poder Popular, alvo estratégico, em construção permanente. Eleições presidenciais em 2022, onze meses e poucos dias de agora. Fascismo crescente no Brasil. Hipóteses da Democracia Burguesa, a vista. Realidade concreta. Insuperável à curto prazo. Eleições gerais nacionais.
Extrema direita bolsonarista. Crítica e auto crítica. A todos. Rolar dos tempos. Estes, “idos e não vindos”. Realidade concreta. Decisão fatal. Sem saída. Busca da busca. Procura. “Democracia” Burguesa ou fascismo. Entreguismo do Paulo Guedes ou “terceira via”. Autoritarismo. Extrema direita. Resíduos sem autocrítica, todos. Esquecimento total. “Vou fazer a sua autocrítica”, repetem. A “minha” não…a sua. E todos caminham. Intróito a uma eleição. Vamos ver, veremos.
Atônitos nessa contínua, busca de um amanhecer em noite passada de um turbilhão de “sonhos sonhados”, com perfil de pesadelo terrível.
Posto que verdadeiro, mesmo que sonho.
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina.
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