Por Emanuel Cancella –
Segundo o grande e saudoso cientista político Moniz Bandeira, em entrevista ao JB, em 2016: “Moro e Janot atuam com os Estados Unidos contra o Brasil” (14). Lembrando que Foi Moro que prendeu Lula Sem provas (17), num claro intuito de beneficiar Bolsonaro e para que não paire duvidas do conluio criminoso de ambos, Moro recebeu de Bolsonaro o ministerio da Justiça e a promessa de ser indicado ministro do STF (18).
A Globo fez uma retrospectiva do ano e ignorou o Governo Lula. Isso indignou a jornalista Ângela Carrato, do DCM (1).
Sabe aquela fábula do escorpião que pediu ao sapo para atravessar o rio em suas costas, e assim fez o sapo? Ao final, o escorpião ferrou o sapo. E o sapo perguntou: “Não te ajudei? Por que esse ataque?” O escorpião respondeu: “É da minha índole.” Assim é a Globo.
Participou da derrubada e do suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. Em 1953, Getúlio Vargas havia criado a Petrobras. O dono dos Diários Associados, Assis Chateaubriand, toda-poderosa na época, propôs a Getúlio Vargas: “Desista da Petrobras que nós te apoiamos.”
Miriam Leitão, principal jornalista da Globo, declarou: “Defende Lula, desde que não mexa na política de preços da Petrobras.”
O golpe de 2016, apoiado pela jornalista, teve como objetivo a mudança nas regras do petróleo no Brasil, favorecendo petroleiras internacionais e acionistas privados da estatal (2).
Os governos do PT mantiveram a concessão da Globo, mesmo com a emissora, por exemplo, interrompendo sua programação de 40 em 40 minutos para convocar o “Fora Dilma!” (6).
E Dilma, segundo o ministro do STF, Luís Barroso, foi derrubada por um golpe (7). Segundo juristas, Dilma não cometeu nenhum crime (8).
Foi o golpista Michel Temer que, após a derrubada de Dilma, colocou para presidir a Petrobras Pedro Parente. Segundo o jornal Metrô, Parente “pôs fogo no país” ao dolarizar a gasolina (3).
E Bolsonaro, mesmo com os brasileiros ganhando seus salários em real, manteve a dolarização.
Pedro Parente não poderia presidir a Petrobras, pois era réu desde 2001, quando causou um rombo de R$ 5 bilhões na estatal (4). A Lava Jato, que investiga a Petrobrás chefiada pelo ex-juiz Sergio Moro, se omitiu criminosamente.
Lula, contrariando Miriam Leitão, Michel Temer e Bolsonaro, “abrasileirou” e baixou os preços dos combustíveis (5).
A Globo apoiou e cresceu à sombra da ditadura militar, que derrubou o presidente eleito João Goulart. Entre outras benesses, a ditadura engavetou a CPI Globo/Time Life (1).
A Petrobras tem sido vítima da mídia, principalmente da Globo.
A Petrobras desenvolveu tecnologia inédita no mundo, que permitiu a descoberta do pré-sal. A estatal ganhou cinco prêmios OTC, considerados o “Oscar” da indústria do petróleo. Dois prêmios foram pelo desenvolvimento de petróleo em águas profundas, e outro, pelo pré-sal (16).
E a Globo, em editorial de 2015, afirmou: “O pré-sal pode ser patrimônio inútil” (9).
O pré-sal completou 15 anos, somando 78% da produção da Petrobras. A extração em águas ultraprofundas brasileiras começou em 2008 e já responde por mais de 1/3 da produção da América Latina (10).
A Globo quis tornar inútil o pré-sal do Sudeste. Agora, Margem Equatorial:
Pasmem: o Ibama, até agora, não concedeu as licenças para a Petrobras explorar a Margem Equatorial. Em 30/10/2024, o Ibama manteve o veto à Margem Equatorial e pode condenar o Brasil a voltar a importar petróleo. O parecer do Ibama ameaça a segurança econômica e energética do Brasil (11).
O Greenpeace financia expedições para evitar a exploração de petróleo pelo Brasil na Margem Equatorial (12).
Empresas multinacionais, como Exxon e Total, já estão explorando petróleo na Guiana Francesa.
Um estudo financiado pelo Greenpeace Brasil e conduzido pelo Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) tenta impedir que o Brasil e a Petrobras explorem o petróleo da Margem Equatorial, chamada pela ONG de “Foz do Amazonas” (12).
Lembrando que a Foz do Amazonas fica a 500 km da Margem Equatorial!
O Ibama, em sua “guerra”, tem como aliado o Greenpeace e partidos políticos como o PSTU, que compõem a direção de vários sindicatos do petróleo, inclusive no Rio de Janeiro!
“Não é segredo que Lula, a presidente da Petrobras, líderes da situação e da oposição de direita defendem a arriscada exploração de petróleo na região.”
Segundo o artigo, o governo brasileiro deveria abandonar a “arriscada exploração” de petróleo na Margem Equatorial (13).
Trata-se de um abandono de uma das mais tradicionais reivindicações da esquerda. Para o PSTU, o petróleo “não tem que ser nosso, não deveria ser de ninguém e deveria ficar embaixo da terra” (13).
Como diz o ditado: “Os cães ladram e a caravana passa.”
Em tempo: Nesse final de ano gostaria de agradecer a todos meus seguidores, pelas criticas sejam elas positivas e negativas, em especial ao Rogério, irmão de meu amigo Naldo aqui no Flamengo, RJ.
Fonte:
5 – https://diariodocomercio.com.br/economia/sem-reajuste-diesel-petrobras-diz-abrasileirou-precos/
7 – https://www.brasil247.com/brasil/barroso-admite-que-dilma-foi-vitima-de-um-golpe-de-estado
9 – https://oglobo.globo.com/opiniao/o-pre-sal-pode-ser-patrimonio-inutil-18331727
10 – https://www.poder360.com.br/economia/pre-sal-completa-15-anos-somando-78-da-producao-da-petrobras/
18 – https://brasil.elpais.com/brasil/2019/05/12/politica/1557677235_562717.html
EMANUEL CANCELLA – Advogado (OAB/RJ 75.300), ex-presidente do Sindipetro-RJ, fundador e ex-diretor do Comando Nacional dos Petroleiros, da Federação Única dos Petroleiros (FUP), fundador e coordenador da FNP, ex-diretor Sindical e Nacional do Dieese, colunista desta Tribuna da Imprensa Livre, sendo também autor do livro “A Outra Face de Sérgio Moro” que pode ser adquirido no site Mercado Livre. Em função das boas práticas profissionais recebeu em 2017 o Prêmio em Defesa da Liberdade de Imprensa, Movimento Sindical e Terceiro Setor, parceria do jornal Tribuna da Imprensa Livre com a OAB-RJ.
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