Por Eusébio Pinto Neto

O ano de 2023 foi bem melhor do que o esperado.

A previsão pessimista do Banco Central era de que o país iria colapsar com um crescimento econômico pífio de 0,5%. Quem vendeu a ideia do conto da carochinha deu com os burros n’água. Apesar de assumir um país de terra arrasada, com taxas de juros estratosféricas, inflação elevada, famílias endividadas, índice de desemprego alto e a ameaça de colapso do serviço público, o presidente Lula superou as dificuldades e provou ser um grande estadista.

O PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ultrapassou as expectativas do mercado financeiro, que já revisou suas previsões de crescimento econômico de 3% neste ano. O Brasil obteve o quinto melhor desempenho entre os países do G20 (grupo das 20 maiores economias do planeta) que já divulgaram o PIB do terceiro trimestre. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, a economia cresceu 2%.

Esta transformação, que tem a participação direta do movimento sindical e da classe operária, promove o crescimento distributivo e acelera a criação de empregos, reduzindo, dessa forma, a pobreza no país. Com o mercado de trabalho aquecido, a queda da inflação, o crescimento do crédito e a transferência de renda por programas sociais, as famílias tiveram acesso a bens de consumo e serviços, o que corresponde a 60% do PIB.

Sede do Banco Central, em Brasília. (Crédito: José Cruz/ABr)

O Brasil está crescendo porque o número de trabalhadores ocupados não está apenas aumentando, mas quebrando recordes. O número de trabalhadores ocupados ultrapassou os 100 milhões pela primeira vez desde o início da série histórica do IBGE, em 2012. A taxa de desemprego atingiu o menor nível desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015. E não parou por aí. O número de desocupados caiu de 3,6% em relação ao trimestre anterior.

A taxa de juros é o calcanhar de Aquiles da economia brasileira. A taxa de investimento, um dos indicadores do PIB, apresentou queda nas atividades de construção, produção e importação de bens de capital. Isto é um reflexo da política monetária contracionista do Banco Central. Quem correrá risco ao investir em novos empreendimentos, se pode lucrar aplicando no mercado financeiro?

Apesar do bom desempenho da economia, o Brasil tem a maior taxa de juros reais do mundo. A taxa básica de juros, atualmente, está em 12,25%. Os juros altos impedem o crescimento do país. É hora do Banco Central fazer a sua parte. Para crescer, o país necessita de financiamento e, para obter crédito, os juros devem ser reduzidos. O crescimento do PIB deve ser um indicador para o Comitê de Política Monetária do Banco Central decidir pela redução das taxas de juros nesta semana.

O governo Lula está fazendo a sua parte, replantando a esperança e o desenvolvimento em solo devastado.

EUSÉBIO PINTO NETO é presidente do SINPOSPETRO-RJ e da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO)

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