Redação

O deputado federal Hélio Lopes (PSL-RJ) falou, nesta semana, sobre a possibilidade de concorrer à Prefeitura do Rio de Janeiro. Apelidado de “Hélio Negão” e apadrinhado pelo presidente Jair Bolsonaro, o parlamentar disse em entrevista à rádio Jovem Pan que está a disposição do presidente na corrida eleitoral municipal.

“Sou um soldado. Se ele achar que tenho que ser prefeito, eu vou cumprir a missão”, afirmou Hélio. O deputado, no entanto, completou sua fala dizendo que não tem intenções de disputar ao cargo de prefeito, já que foi eleito recentemente para a Câmara e que está “em fase de aprendizado”: “Mas acho que fui eleito para a Câmara, estou em fase de aprendizado e é muito importante que apareçam outros nomes”.

RACHA – Hélio também comentou sobre o racha dentro do partido, o que chamou de “uma luz no escuro”. “A crise no PSL foi como se fosse uma luz que chegou em um ambiente escuro. Clareou, estamos em fase de depuração e é isso aí que vocês estão vendo. Eu só tenho comigo que a gratidão não prescreve”, disse o deputado.

O deputado também falou sobre a amizade décadas que tem com Jair Bolsonaro. Para ele, a relação com o presidente é verdadeira e a narrativa de que ele é usado por Bolsonaro para não transparecer o rótulo de racismo é falsa.

“ESPONTÂNEO” – “O Bolsonaro não me escolheu. São 22 anos de amizade. Ele vai na minha casa, frequento a casa dele. Ele me chama de ‘Negão’, eu chamo de ‘Irmão’, é tudo espontâneo. Mas a verdade foi aparecer agora porque tentavam colocar nele o rótulo de racista, coisa que ele não é. Muita gente fala do que não tem conhecimento. Nossa amizade só fez transparecer aquilo que é real. Bolsonaro não é racista. Nem homofóbico”, defendeu.

Contrário às políticas afirmativas como as cotas raciais, Hélio Lopes argumentou que os mecanismos de meritocracia devem ter mais valor do que políticas de reparação histórica da escravidão: “Vivemos num Brasil da divisão de classes. Do preto contra o branco. Do rico contra o pobre. Aquela narrativa. Eu respeito a opinião de todo mundo, mas quero ter minha opinião respeitada. O negro tem que ter espaço pela competência. Sou negro e meu QI não é inferior ao de ninguém. Sou contra a cota, essa política de vitimização não pega em cima de mim”, concluiu.

Fonte: O Globo