Redação

Colunista da Tribuna da Imprensa Livre, artista radicado na França desde 2004, o pintor ítalo-brasileiro ANTONIO VERONESE é considerado pela crítica francesa como “um dos 10 pintores vivos que já deixaram sua marca na história da arte”.

Em Brasília, trinta desenhos, trazidos de Paris por Veronese, fotografados em grande formato por Celso Júnior. Abaixo comentários sobre a pintura de Veronese na imprensa nacional e estrangeira.

“Antonio Veronese é um artista completo, cujas preocupações estéticas confundem-se com as qualidades humanísticas. Seu enfoque essencial é o Homem ou a condição humana… Sua preferência pelas cabeças demonstra que somente através delas ele pode capturar o horror…. o horror da condição humana. No diálogo «Timeu» Platão afirma: “A cabeça humana é a imagem do mundo.”

Francisco Brennand – pintor e escultor

Famosos Que Partiram: Francisco Brennand

“Veronese do not paint faces. He paints feelings”… Jornal The New York Times

“Muitas vezes ouço que os rostos de Veronese evocam crianças prisioneiras no Brasil. Mas esta é uma ideia redutora! É verdade que a proximidade durante anos com estas crianças angustiadas marcou fortemente a sua pintura; mas o que ela propõe é algo mais profundo e complexo. Na realidade, é a nossa perplexidade que pinta Veronese, o nosso desamparo diante da vida e do mundo de hoje. É por isso que ele está além dos modismos, é por isso que é um clássico. Faltava em nosso tempo, envenenado pelo abstracionismo galopante e pelo niilismo da arte conceitual, alguém que desenhasse o rosto da contemporaneidade. É exatamente isso que Veronese está fazendo.”

Modesto Lanzone – diretor do Museu Ítalo-Americano de Fort Mason, São Francisco, EUA

“A arte de Antonio Veronese – rostos que são a expressão mesma da perplexidade, do medo e da impotência- é indissociável da vida e, por isso mesmo, ele fala de sua pintura como se fosse um manifesto, acrescentando que não se importa se gostem ou não. O que importa para Veronese é seu “soco na mesa” não passar despercebido. E ele não passa!”

Risoleta Córdula – artista plástica, assessora do Departamento Cultural da Embaixada brasileira em Paris

“Globally renowned artist, activist and educator of minors prisoners, Antonio Veronese’s paintings connect with the soul, conveying pure, powerful emotion beyond words. Indeed in the eyes of history, Antonio Veronese is a true, rare Master. His imagery is saturated with feeling –each glimpse and viewing rekindles within our souls recognition of and affinity to someone –and sometimes more than one– who is or has been present and meaningful in our lives. Antonio Veronese’s art is dizzying and rich with feeling. To me his paintings and photographs fly free from the soul, always giving honor and love to your subjects. Thank you, Veronese, for warming my heart. As Rilke: “The inner- what is it if not intensified sky, hurled through with birds and deep with the winds of homecoming”.

Robert Zuckerman – photographer

“A pintura de Antonio Veronese é um registro da tensão que se respira nas ruas. Nela há rostos que falam da guerra civil carioca. Mas há também moças bonitas que eu, fosse um rapaz solteiro, gostaria de namorar…”

Tom Jobim – compositor, pianista, violonista, arranjador e cantor

“A busca, quase obsessiva, do rosto…Somente o rosto, porque nele está a concentração de tudo, o substrato… Mas o desafio não é o rosto acadêmico, submetido às regras da anatomia e da perspectiva…não!! O rosto de Veronese é de uma síntese provocadora, quase abstracionista. Nele não há o arcabouço ósseo nem, por vezes, a concepção correlata das duas metades da face. Mas atenção, porque esse falso simplismo vem impregnado de um comovente humanismo. Em 2003, ameaçado de morte no Rio em decorrência da denúncia que faz sua pintura, Veronese deixa o Brasil para viver na França. Deixa o país mas não seu engajamento. Em mostras nos Estados Unidos, Suíça, e França, continua a mostrar obsessivamente esses rostos, dando cara aos que não têm direito à uma imagem, uma forma de reagir à sua própria perplexidade Sua primeira exposição em Paris, Visages du Silence, abre surpreendente espaço na imprensa francesa de primeira linha. A mostra prevista para durar 15 dias, acaba prorrogada por três vezes, ficando em cartaz sessenta dias. Convidado pelo Jornal da Tarde, do Grupo Estado, para dar sua opinião sobre a Bienal de São Paulo 2002, resumiu com uma frase sua posição: “há mais emoção e história numa simples aquarela de Egon Schiele do que em todo o pavilhão da bienal paulistana”. Diferentemente da maioria dos artistas que se expressa exclusivamente através de sua arte, Veronese manifesta-se constantemente, publicando artigos e dando entrevistas… engajado e sem medo do clichê! Para ele o artista tem, especialmente no Brasil, “le devoir de l´insolénce”. Afastado fisicamente do Brasil, mas, jamais, emocionalmente dos problemas de seu país, o pintor continua a rugir das profundezas do seu atelier em meio à Floresta de Fontainebleau […] Crítico feroz da passividade carioca diante da septicemia da violência, diz em entrevista à Rádio France que “… está na hora do Rio olhar-se no espelho pois, sentir vergonha, já é um bom começo!” Em 1990 Tom Jobim escreveu no convite da Exposição Tensão no Rio na Galeria IDEA: “…na pintura de Veronese estão os personagens do que ele chama de guerra civil carioca”. Seus rostos traçam um perfil angustiante desses nossos “tempos de cólera””.

Fonte: Divulgação / Ascom

ANTONIO VERONESE – Pintor brasileiro autodidata com uma obra considerável, realizou centenas de exposições individuais, tem obras expostas em numerosos museus, coleções públicas e privadas nos Estados Unidos, Suíça, França, Japão, Chile e Brasil. Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Paris, França; Radicado na França desde 2004, antes de deixar o Brasil deu aulas de arte para menores infratores nos Institutos João Luiz Alves, Padre Severino e Santos Dumont, no Rio de Janeiro, e no Caje de Brasília. Utilizou a pintura como forma de reabilitação psico-pedagógica dos adolescentes entre 12 e 18 anos com a bandeira” estética é remédio!”. Alguns dos trabalhos produzidos pelos jovens foram expostos em Genebra (Suíça), no Salão Negro do Congresso Nacional, em Brasília, e na Universidade de San Francisco, nos Estados Unidos. Em 1998, representando o Brasil no Encontro de Esposas de Chefes de Estado, cobrou da então primeira-dama, Ruth Cardoso, medidas para tirar das ruas crianças abandonadas, tendo recebido o apoio de Hilary Clinton. Pela denúncia da violência contra menores no Rio de Janeiro, que faz através de sua pintura e de engajamento constante deste 1986, Veronese foi convidado à Comissão de Direitos Humanos da ONU – em Genebra, para proferir palestra, lá causou grande indignação ao apresentar fotografias de 160 crianças, marcadas por cicatrizes massivas decorrentes da violência urbana, doméstica e policial.

www.antonioveronese.com

Antonio Veronese, Italian-Brazilian painter, lives in France since 2004. He is the author of «Save the Children», symbol of th e 50th anniversary of the United Nations, and «Just Kids» symbol of UNICEF. As well of «La Marche», exhibited in the Parliament of Brazil since 1995, and «Famine», exhibited since 1994 at the Food Agriculture Organization for United Nations (FAO) in Rome.

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