Por Pedro do Coutto –
O Senado Federal aprovou a indicação de Gabriel Galípolo para a Diretoria do Banco Central, que sustenta que a necessária discussão técnica sobre movimentos econômicos no país não pode interditar o debate público. “Não cabe a nenhum economista, por mais excelência que tenha, impor o que ele entende ser o destino do país à revelia da vontade democrática dos seus representantes eleitos”, afirmou. O Senado aprovou também a indicação de Aílton Aquino para diretor de Fiscalização do BC.
Gabriel Galípolo ocupará a Diretoria de Política Monetária e assim como o presidente Lula da Silva, defende a queda dos juros da Selic fixados pelo Bacen em 13,75%. As afirmações de Galípolo, embora sem citar nominalmente Campos Neto, são de reprovação às posições do presidente do banco.
Galípolo frisou que o mercado vem sinalizando a redução dos juros atuais porque eles funcionam para conter os investimentos econômicos e, como consequência, estimular as aplicações financeiras que não contribuem para um crescimento no mercado de trabalho. As declarações de Galípolo e de Aílton Aquino estão bem focalizadas por Renan Monteiro em reportagem no O Globo desta quarta-feira.
REFORMA TRIBUTÁRIA – O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira – reportagem de Vitória Abel, Geralda Doca e Gabriel Sabóia, O Globo – pretende colocar em votação amanhã, sexta-feira, o projeto da reforma tributária. Mas faltam ajustes para atender às preocupações de governadores sobre a incidência tributária prevista no texto do relator Aguinaldo Ribeiro.
Há também, como sempre, pressões de prefeitos e de lobistas que representam interesses empresariais. Feitos os ajustes, a matéria deverá ser votada e aprovada pela Câmara amanhã.
CRÍTICA – Na reunião do Mercosul, em Buenos Aires, presidida por Lula da Silva, os presidentes do Uruguai e Paraguai – matéria de Renan Truffi e de Janaína Figueiredo, O Globo – constataram na capital argentina a posição assumida pelo presidente brasileiro em favor do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Realmente não se encontra explicação para a defesa de um democrata em favor de um ditador reconhecido internacionalmente.
SELEÇÃO – O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, escolheu o treinador do Fluminense, Fernando Diniz, para dirigir a seleção brasileira de futebol até 2024, quando se espera a chegada de Carlos Ancelotti, cujo contrato com o Real Madrid termina no próximo ano. Diogo Dantas e Marcelo Neves, publicaram ampla reportagem na edição de O Globo de ontem sobre a escolha do técnico tricolor.
Na minha opinião não será fácil o trabalho de Diniz porque o compromisso duplo reduz o tempo de previsão e observação, de análise tática e da própria escalação dos jogadores brasileiros. A dificuldade se agrava porque já em setembro inicia-se a etapa de classificação dos países que disputarão a Copa dos Estados Unidos, Canadá e México, numa chave em que se encontram o Uruguai e a Argentina.
COPA – Haverá no caminho também a Copa América. O Brasil é o único país que disputou todas as Copas do Mundo a partir da taça de 1930 e é também o único pentacampeão em 22 Copas disputadas. Agora nos aproximamos da 23ª. O trabalho é muito pesado. O próprio Fernando Diniz se de um lado está prestigiado pela escolha de Ednaldo Rodrigues, por outro sentir-se-á igualmente pressionado pelo peso da responsabilidade e da ansiedade natural em função da divisão das tarefas do tempo.
Terá também, na minha opinião, que mudar o estilo adotado de uns poucos meses para cá no Fluminense; um comportamento defensivo e uma saída de bola através de passes curtos em sua própria área. Existe também a hipótese de Ancelotti não assumir a seleção de ouro. Neste caso, Diniz não poderá ser substituído, pois seria uma decisão que esvaziaria o técnico e o próprio presidente da CBF.
JOCKEY CLUB – Houve um período, de 1940 a 1980, que o Jockey Club de São Paulo tinha um destaque muito grande igual ao do Jockey Club brasileiro, no Rio. Mas o tempo foi passando e o pouco interesse das novas gerações sobre as corridas de cavalos afetou fortemente os dois principais jóqueis clubes do país, sobretudo São Paulo. Por falta de inscrições de proprietários para o esporte, cancelou as suas corridas aos domingos e entrou em franco declínio.
O Grande Prêmio São Paulo foi a segunda prova mais importante do país. Foi disputado por grandes cavalos e éguas através do tempo e leva multidões ao hipódromo da Cidade Jardim. Agora no Plano Diretor da Cidade de São Paulo, que se encontra na Câmara de Vereadores, presidida por Milton Leite, está prevista a transformação do hipódromo num parque municipal.
O Jockey Club de São Paulo deverá ser desapropriado, inclusive para pagar dívidas de IPTU e ISS à Prefeitura da capital paulista ocupada por Ricardo Nunes. O Jockey Club contesta a dívida e recorrerá ao Judiciário. O Jockey Club da Cidade Jardim tenta resistir à desapropriação, mas o fechamento do hipódromo representará um episódio histórico para o turfe brasileiro.
PEDRO DO COUTTO é jornalista.
Enviado por André Cardoso – Rio de Janeiro (RJ). Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
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