Redação –
O governador João Doria (PSDB) disse que as vaias que sofreu na última sexta-feira, dia 11, quando estava ao lado do presidente Jair Bolsonaro, em um evento da Polícia Militar no Anhembi, foram “orquestradas” pelo senador paulista Major Olímpio (PSL) e que elas “não têm nenhum valor”. Ele chamou o senador de “ativista de rua” que tem “comparsas”.
“Vaia orquestrada, para mim, não tem nenhum valor. O nosso (senador) Olímpio, assim como o tal Major Meca e o Gil Diniz (ambos deputados estaduais de São Paulo pelo PSL), montaram uma operação com um conjunto de pessoas, com o objetivo exatamente de criar constrangimentos ao governador de São Paulo, aliás como já fez o dito Major Olímpio outras vezes com o governador Geraldo Alckmin”, disse.
“OLÍMPIO, O MAESTRO” – “Eu presenciei isso duas vezes como prefeito da cidade de São Paulo. O mesmo Olímpio orquestrando vaias de algumas pessoas, não de todas nem da maioria, para o então governador Geraldo Alckmin”, afirmou o governador.
O evento era uma formatura de sargentos da PM. O presidente foi aplaudido pelo público presente. Doria tentou afagar o presidente no evento, dizendo que ele era um “amigo dos brasileiros de São Paulo”. Bolsonaro citou protocolarmente o governador em seu discurso. Desde junho, os dois têm levantado o tom das críticas mútuas, antecipando a disputa eleitoral em que ambos devem se envolver em 2022.
ATIVISTA DE RUA – “É lamentável que um senador da República aja como um ativista de rua proporcionando um péssimo espetáculo. Pergunte aos policiais militares que estão aqui se eles concordam com aquilo, se eles concordam com a atitude do Major Olímpio e dos seus comparsas, seus amigos, para fazer esse tipo de atitude”, disse Doria.
Questionado pelo Estado sobre as declarações do governador, Olímpio enviou um vídeo em que diz que a vaia foi “histórica” e que ela foi resultado da “falta de atitude” do governador com as categorias da Polícia. “Fiz o mesmo com o Alckmin e ele teve 4% nas eleições presidenciais”, disse o senador, dizendo que irá repetir a ação com o governador.
Fonte: Estadão, por Bruno Ribeiro
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