Por Iata Anderson –
No momento em que se preocuparam em “jogar para a arquibancada”, aparecer, mostrar patrocinador e administrar jogos, os árbitros se perderam. “Parou, foi a última”, muito usado, é um desperdício de tempo, não serva para nada. Ninguém precisa saber disso, nem mostrar, basta que o jogador saiba. Hoje há uma preocupação muito grande com as câmeras, o que vão pensar na mídia. Jogador não quer saber disso e continua dando “blitz”, como no Fla x Flu, uma das maiores que vi em toda minha vida. Contei oito jogadores do Fluminense sobre o árbitro, que apenas se esquivava, como fazem todos, no lugar de meter cartão na cara deles, de qualquer clube. Perderam a autoridade por causa desses subterfúgios, muita recomendação. Tomam muito tempo do jogo. Lei da vantagem, uma praga que os atuais árbitros modificaram, em sua essência. Deu condições de seguir o resto não é com ele, a responsabilidade é do jogador. Mas eles voltam, erradamente. Mais uma, árbitro não tem que mostrar a jogador detalhe da regra. Outro dia contei, em 15 cobrança de pênalti, o moço falou 15 vezes como o goleiro tinha que se comportar. É obrigação dele saber as regras, não do árbitro ensiná-las. No clássico da rodada, o Botafogo venceu o Vasco (1×0) embolando a Taça Guanabara mas um detalhe me chamou a atenção. O goleiro Gatito, um hábil fazedor de “cera”, caiu com as mãos nos olhos, um drama imenso. Foi atendido pelo médico e na cena seguinte apareceu com uma bandagem no lábio.
É sempre assim.
Aprendi no quartel que ordem absurda não se cumpre. Os caras da CBF resolveram, algum tempo atrás, unificar todos os títulos para fazer média com os clubes grandes, evidentemente, e suas imensas torcidas, logo acompanhados pela chamada grande mídia. Eu tô fora e vou continuar considerando Campeonato Brasileiro desde 1971, com o título conquistado pelo Atlético Mineiro, no Maracanã, sobre o Botafogo. Consideraram Copa do Brasil como Brasileiro, como também o Torneio (não era campeonato, vejam) Roberto Gomes Pedrosa, chamado de Rio/São Paulo, disputado por quatro grandes clubes do Rio e São Paulo, jogando cada um sete vezes, comparando com o modelo atual, que são 38 jogos, contra os melhores times do Brasil. Uma aberração, atropelando o princípio da isonomia, no mínimo. A mídia não gritou, como sempre faz, ficou calada e a coisa ficou por isso mesmo. Hoje ninguém sabe quem é quem, que título cada clube pode comemorar, pôr estrelinha nas camisas, bandeiras, etc. Bem estilo CBF, se pode complicar, para que facilitar.
Continuo sem saber se o Palmeiras tem ou não mundial.
Falando em Mundial, um espetáculo de organização o último realizado nos Emirados Árabes, embora não concorde com a escolha dos participantes que, na verdade, correndo tudo normalmente, será decidido sempre com o campeão da Europa (Champions, esse sim, o melhor torneio de futebol do mundo) e o representando Sul-americano. O que prevalece é atender os participantes do Golfo Pérsico, Ásia e África, que nada verdade são meros coadjuvantes. Não se trata de “jabá” que os caras precisam de tudo, menos de dinheiro e promoção. Gosto mais do modelo antigo, tipo Supercopa, somente os campeões dos dois mais importantes continentes, seria, no caso, Palmeiras x Chelsea, numa única partida, sem tanto jogo ruim antes. Mesmo perdendo, o Palmeiras fez uma grande partida, jogou igual, fico com alguns torcedores que aplaudiram o time, no estádio.
Foi um excelente representante do futebol pentacampeão do mundo.
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
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