Por Karlos Holanda –
A Hipercolesterolemia ou colesterol alto é uma patologia que segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia, atinge 40 % dos Brasileiros, e como essa doença é silenciosa, muitas pessoas não sabem que estão com essa alteração. Para evitar que isso ocorra algumas campanhas vem sendo realizadas como o objetivo de conscientizar a nossa população. Existem dois tipos principais de colesterol, o de alta densidade, chamado de HDL (conhecido como colesterol bom) e o de baixa densidade, chamado de LDL.
O HDL, possui um papel protetor, estando envolvido na retirada de placas de gordura, dentro dos vasos sanguíneos, e por isso deve ter níveis elevados. Já o LDL é o causador das placas de ateroma, responsáveis pela obstrução dos vasos sanguíneos.
Já está comprovado que a hipercolesterolemia, eleva o risco cardiovascular, aumentando o risco desses pacientes, desenvolverem patologias, como o Infarto Agudo do Miocárdio e o Acidente Vascular Cerebral. Lembrando que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte em nosso país.
É importante estratificar a classificação de risco de cada paciente, determinando os níveis de colesterol esperados para ela. Essa classificação e a indicação de metas para o colesterol deve sempre ser realizada por um médico. Para exemplificar um diabético é considerado como paciente de alto risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, e por isso o seu colesterol do tipo LDL deverá estar abaixo do valor que serve de referência para uma pessoa que não apresenta nenhuma doença.
Em resumo essa classificação é capaz de indicar qual o valor máximo que cada pessoa deve ter.
Mas existe alguma coisa que possa ser realizada para reduzir esse colesterol, além do tratamento medicamentoso? A resposta é: melhorar a qualidade de vida, e esse é o ponto mais importante do tratamento. Pouco adianta iniciar o uso de medicamentos e não alterar o estilo de vida. A prática de exercícios físicos regulares, desde que não haja contra indicação, e a perda de peso corporal, são dois importantes aliados na redução do colesterol. Há trabalhos científicos importantes demostrando o efeito dessas medidas na redução dos níveis de colesterol.
E como deve ser a alimentação para controlar o colesterol alto, ou mesmo evitar que isso se desenvolva? Evitar alimentos ricos em gorduras, é algo essencial, mas para ajudar seguem algumas orientações que poderão auxiliar:
– No preparo dos alimentos deve-se evitar fritá-los, dando preferência por grelhados, cozidos e feitos no vapor.
– Reduzir o consumo de manteiga e margarina.
– Preferir iogurte desnatado, ao invés do integral.
– Preferir frango sem a pele.
– Vegetais devem ser consumidos cozidos ou crus, evitando preparar na manteiga ou creme.
– Dar preferência para grãos integrais.
– Evite carnes com muita gordura como a picanha.
– Diminua o consumo de pizza e hambúrguer.
– Não exagere no consumo de ovos.
Essas são algumas orientações, mas há na internet inúmeras outras, inclusive orientando o que pode ser consumido, o que pode auxiliar muito, principalmente para quem esteja querendo iniciar uma mudança em seus hábitos alimentares. Se for possível uma consulta com um nutricionista ou um médico poderá ajudar muito nessa fase.
Por fim o mais importe é que o paciente mantenha sua dieta balanceada, e somente ocasionalmente faça o consumo de pequenas quantidades de alguns tipos de alimentos. O exercício físico regular é parte do tratamento e da prevenção e deve ser praticado com regularidade, para que traga os benefícios esperados.
E lembre-se cuide de sua saúde, pois ela é o seu maior patrimônio.
Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico – CRM 5276708-5, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda
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