Por Karlos Holanda –

Essa é uma pergunta que todo mundo está fazendo.

Com o surgimento da Ômicron, o medo novamente tomou conta de cidadãos do mundo inteiro. Ela foi identificada pela primeira vez na África do Sul e está se espalhando pelo mundo, inclusive no Brasil. Segundo a Organização Mundial de Saúde, ela é motivo de preocupação, pois apresenta uma grande quantidade e variedade de mutações, e além disso, ainda não sabemos se as vacinas existentes até o momento são capazes de proteger contra mais essa variante.

Cientistas de Hong Kong revelam imagem de microscópio da variante Ômicron. (Reprodução/Universidade de Hong Kong)

Mas de que forma uma variante pode causar um problema para quem já se vacinou? O maior receio da comunidade científica, é de que surja uma variante agressiva e com uma alta taxa de transmissão, e que as vacinas existentes, não tenham cobertura para ela. Isso aumentaria muito os números de casos e consequentemente, aumento da mortalidade, sobrecarregando novamente os sistemas de saúde. Porém até o momento não há nenhuma confirmação da existência de algo assim.

Figurino de viagem: na Coreia do Sul, passageiros usam roupa especial para afastar o risco de infecção pela cepa. (YONHAP/EPA/EFE)

Mas como cidadãos, o que devemos fazer diante do quadro atual? Todos devemos manter os cuidados indicados para prevenção da Covid19, ou seja nada muda com o surgimento da Ômicron. Abaixo citarei alguns, mesmo sabendo que já são de conhecimento de quase toda nossa população:

  • Lavar as mãos com água e sabão frequentemente ou usar álcool em gel.
  • Usar máscaras, principalmente em lugares fechados.
  • Evitar aglomerações.
  • Mantenha distância de pelo menos 1 metro de outras pessoas.
  • Não tocar nos olhos, boca e nariz, sem que tenha higienizado as mãos antes.
Tripulação de avião desembarca no aeroporto de Los Angeles, onde foi detectado caso de contaminação pelo ômicron. (Getty Images/AFP)

Vale sempre lembrar que o vírus entra no organismo através dos olhos, boca e nariz, e que com os cuidados que são orientados, diminuem muito as chances de se contaminar. Apesar de sabermos que a grande maioria dos casos se apresenta de uma forma leve, todo cuidado é pouco, pois mesmo pessoas sem comorbidades podem apresentar formas graves da doença.

Nível máximo de diluição (“titer”) a que os anticorpos podem ser submetidos e mesmo assim neutralizar 50% dos vírions (unidades do vírus). O teste foi realizado com três variantes do coronavírus: original (WT), Delta e Ômicron. Quanto maior o número, melhor: mais eficazes os anticorpos são. (Karolinska Institute/Reprodução)

Por fim gostaria de reiterar que a melhor forma de prevenção existente é a vacinação, sem ela o vírus continuará circulando e novas variantes surgindo. Sabemos que nenhuma vacina é isenta de riscos, mas sugiro que sempre se avalie o seu risco benefício, pois os estragos causados pela Covid19, estão aí para todos verem, só no nosso país mais de 600 mil pessoas já perderam suas vidas. O momento ainda não é de euforia pelo fim dessa Pandemia, e todo cuidado ainda é pouco. Sei que ficar em casa é praticamente impossível após quase dois anos dessa loucura, mas os cuidados, esses sim, não podem ficar de lado.

Saia, viva sua vida, dê amor a quem você ama, mas lembre-se que quem ama cuida.

Dr. KARLOS GUDDE DE HOLANDA MOURA – Médico – CRM 5276708-5, titular desta “Tribuna da Saúde”, colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Residência Médica em Anestesiologia pelo Hospital Beneficência Portuguesa da São Paulo; Pós-graduado em Laser, Cosmiatria e Procedimentos pela FATESA de Ribeirão Preto; Pós-graduando em Nutrologia pela USP de Ribeirão Preto; Professor da Pós-Graduação de Laser, Cosmiatria e Procedimentos na FATESA de Ribeirão Preto. @dr.karlosholanda


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NOTA DO EDITOR: Quem conhece o professor Ricardo Cravo Albin, autor do recém lançado “Pandemia e Pandemônio” sabe bem que desde o ano passado ele vêm escrevendo dezenas de textos, todos publicados aqui na coluna, alertando para os riscos da desobediência civil e do insultuoso desprezo de multidões de pessoas a contrariar normas de higiene sanitária apregoadas com veemência por tantas autoridades responsáveis. Sabe também da máxima que apregoa: “entre a economia e uma vida, jamais deveria haver dúvida: a vida, sempre e sempre o ser humano, feito à imagem de Deus” (Daniel Mazola). Crédito: Iluska Lopes/Tribuna da Imprensa Livre.