Por Iata Anderson –
Para quem viu Pelé, Garrincha, Zico, Cristiano Ronaldo e Messi parece fácil dizer que um novo fenômeno pode estar surgindo.
Não comparado a nenhum dos citados, evidentemente. Aos poucos ocupando seu espaço, depois pedindo passagem para se tornar o principal jogador do Real Madrid. Considerado a maior potência mundial do futebol, eleito melhor clube do Século XX, super ganhador da Liga Espanhola e campeoníssimo da Champions.
Aí, esse Vinicius Junior se tornou o cara, hoje nivelado a Modric, Kroos, Benzema e Courtois pelo protagonismo, embora com características diversas. Maior venda da história do Flamengo, Vinicius chegou ao Real muito cedo, menor de idade, ainda em formação. Mal aproveitado por Zidane, sem nenhum dos principais fundamentos apurados, as críticas – inclusive as minhas – foram muitas e justas, como o destaque ao que vem fazendo neste momento. Foi para o time Castilla (último estágio das formações de base), andou esquentando o banco, não estava pronto. Mal desenvolvia os fundamentos básicos (chutar, passar, dominar, cabecear, etc). Vivia da altíssima velocidade, o que era pouco para vestir a camisa branca. Estourou na terceira temporada, com Carlo Ancelotti, outro patamar. Hoje é vice artilheiro da Liga, apenas um gol atrás de Benzema, virou a grande atração do campeonato espanhol, agora sim, fazendo jus ao elevadíssimo preço que custou ao Real Madrid. “Imarcável” é o mínimo que a exigente imprensa espanhola diz dele. Mudou o comportamento em campo, ganhou confiança, arrisca mais e melhorou tudo que faltava aprimorar.
Mudou até o nome: hoje é simplesmente Vini, o imarcável.
FALTA DE RESPEITO é o mínimo que se pode dizer da diretoria do Flamengo, que permite ser representada por um time misturado, sem nenhum contexto, em qualquer situação. Com a torcida, principalmente, cada vez mais apaixonada, presente como na partida contra o Ceará, dia 30, três dias após perder o título da Libertadores para o Palmeiras.
Quase 50 mil pagantes para ver o time vice-campeão da América, apoiado, idolatrado ao extremo, uma relação apaixonada como a Nação sabe fazer muito bem. Mais três dias e a decepção total, contra o Sport, em Recife, reduto de rubro-negros, com outro time misturado, desfigurado, desrespeitando, uma vez mais, sua torcida. Mesmo na crise, os torcedores continuam pagando e sendo enganados. Num local sério isso daria ação por falsa entrega de produto, propaganda enganosa. Serve para todos os clubes brasileiros.
SEMANA MARCADA pelo extraordinário feito de Cristiano Ronaldo, ao marcar seu gol 800, somente em jogos oficiais, em 1097 jogos, média de 0,73 gol por partida, considerando Sporting, Manchester, Real Madrid e Seleção Portuguesa. Do gol 700 até essa marca Cristiano precisou de dois anos. Considerando a média, o atacante português precisaria jogar mais cinco anos, em altíssimo nível para se igualar a Pelé, ou seja, mais de 272 partidas. Pelé fez o único gol 1000 da história, em 19 novembro de 1969, aos 29 anos, contra o Vasco da Gama, de pênalti, também em jogos oficiais. Maracanã com público de 65.157, e muita chuva. Eu não era um desses porque estava no gramado, iniciando minha vida profissional. No total o Rei do futebol marcou 1283 gols, 1091 pelo Santos.
ATLÉTICO MINEIRO, como eu escrevi há três semanas, nem aí para descansar jogador, foi comendo pelas beiradinhas e fez a festa com a torcida, Mineirão lotado, ídolos do passado orgulhosamente apresentados e mais uma vitória. Da organização, planejamento, respeito ao futebol e seus torcedores. A gente sempre repete isso, quando é verdade. Foi exatamente assim que o Galo fez a festa, passou o rodo em todo mundo e quebrou um tabu de cinquenta anos sem título nacional, enfim, BICAMPEÃO.
Dario (Dadá Maravilha), herói do primeiro título, levou a taça até o gramado e participou da festa. Coisa linda.
IATA ANDERSON – Jornalista profissional, titular da coluna “Tribuna dos Esportes”. Trabalhou em alguns dos principais veículos de comunicação do país como as Organizações Globo, TV Manchete e Tupi; Atuou em três Copas do Mundo, um Mundial de Clubes, duas Olimpíadas e todos os Campeonatos Brasileiros, desde 1971.
MAZOLA
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