Por Sérgio Vieira –
Portugal / Europa – Século XXI.
Estou certo que o povo Israelense carrega e carregará o peso dos campos de concentração por toda a sua existência. A perseguição e morte sob o regime Hitleriano é com certeza um fardo e uma mágoa que nunca mais se apagará.
Mas, também desprezo com a conivência dos EUA, de quem Israel nada mais é que um vassalo, o apoio militar e político dado pelo Estados Unidos da América, aos israelenses legitimando o que fazem agora com o povo da Palestina. Incluindo a provocatória mudança da capital de Tel-Aviv para Jerusalém.
Com base em um passado que nunca existiu, nunca tiveram terra, nem território próprio.
Foram ao longo dos anos se apoderando de algumas terras aqui e ali até se apoderarem das terras que historicamente sempre pertenceram ao povo Palestino.
A construção dos colonatos judeus roubando, literalmente falando, a terra palestina é um assalto à dignidade e à livre independência assistido por todo o mundo sem nada fazer.
O que o povo Israelense faz hoje com a palestina, nada mais é que um Auschwitz século XXI.
Estarei sempre ao lado dos Israelenses no que diz respeito às atrocidades de Birkenau, que deixarão na memória, as degradantes imagens vistas por todo o mundo ao longo dos anos.
Mas não concordo, nem nunca concordarei com a invasão assassina do governo israelense, (aliás, governo agora substituído por suspeitas de corrupção) do roubo de vidas humanas, de terras e da dignidade do povo Palestino.
As tensões entre judeus e árabes começaram a emergir a partir da década de 1890, após a fundação do movimento sionista, e principalmente quando judeus provenientes da Europa começaram a emigrar, formando e aumentando comunidades judaicas na Palestina, quer por compra de terras dos otomanos, quer por compra direta a árabes proprietários de terrenos. No século XIX, quando propagava a ideia da migração em massa para o Oriente Médio, o movimento sionista cunhou um slogan famoso: “a Palestina é uma terra sem povo para um povo sem terra”. A ideia não era de que o local estava vazio, mas sim de que os quase 500 mil habitantes do local no meio do século XIX, sendo cerca de 350 mil árabes 80 mil judeus e ainda outros grupos nunca haviam formado um estado soberano naquele território, tendo sempre sido terras colônias de grandes impérios. Mas, o que deixou os árabes residentes na região da palestina especialmente furiosos, foi o fato de que fosse fundado um estado onde a religião não fosse a islâmica. Estabeleceram-se assim comunidades agrícolas nas terras históricas da Judeia e de Israel, que eram então parte do Império Otomano.
Fica aqui o meu repúdio a esta guerra sem tréguas entre Israel e Palestina. Maior repúdio ainda pelo apoio dos EUA a esta bárbara situação.
Tive a oportunidade de trabalhar por quase 10 anos no meio da colônia judaica, e sei bem o quão é difícil lidar com eles.
Desconfiados, corporativistas, mesmo mau de coração para tudo aquilo que não fosse estar de acordo com o seu pensamento.
Quanto a dinheiro, uiiii, nem pensar.
Lembro-me do tempo em que o metro era uma marca no balcão, o dos judeus era sempre mais curtinho um pouco. O terno se ficasse grande, encolhia e se ficasse apertado, alargava.
Mas não posso deixar aqui uma coisa: nunca vi um judeu pobre e que não estivesse em bons cargos.
Por este fato dominam a indústria cinematográfica americana, dominam o negócio de diamantes em Antuérpia, enfim dominam.
Mas resta a esperança de que um dia tudo isto vai mudar.
Fica aqui uma palavra de apoio ao povo Árabe. Não desistam. Lutem por aquilo que é vosso por direito histórico.
VIVER À CUSTA DO HOLOCAUSTO É ABUSIVO. (José Saramago)
SÉRGIO VIEIRA – Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Aveiro, Portugal. Jornalista, bancário aposentado, radicado em Portugal desde 1986.
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MAZOLA
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