Por Sérgio Vieira –
Portugal / Europa – Século XXI.
Apesar da tranquilidade vivida em Portugal, suas belezas naturais, seus Castelos imponentes, jardins lindíssimos e bem cuidados, paisagens de cortar a respiração como subir o D’ouro em direção a Barca D’alva (já a caminho da Espanha) e de passar um dia fabuloso em Sintra, Portugal não é só paisagem e só coisas boas.
Temos por aqui aquilo que chamamos bairros problemáticos, basicamente onde as incursões policiais são frequentes para a busca de bens menos aconselháveis, como droga de todas as espécies, tráfico de mulheres, armas e mais um mundo de coisas.
Em Lisboa destacam-se os bairros da Bela Vista, bairro de Chelas e bairro da Jamaica.
Bairros onde se encontram guetos de ex-refugiados das ex-colônias Portuguesas: Angola, Cabo Verde, Moçambique e Guiné.
Ainda mais tensa fica a situação quando estes grupos de negros entra em conflito com grupos de etnia cigana. Aí então a polícia tem de intervir fortemente com Grupos Especiais de Ação. E não rara as vezes com vítimas mortais.
Sendo os grupos de etnia cigana os mais problemáticos. Sem trabalho, vivendo das rendas sociais que o governo lhes proporciona e traficando à luz do dia.
São sem dúvida, o grupo de maior risco. Não é nada aconselhável um passeio turístico por estes bairros.
O bairro da Bela Vista, por exemplo a 7 de maio de 2009 voltou a ficar a ferro e fogo quando os moradores se revoltaram contra a PSP (Polícia de Segurança Pública) e GNR (Guarda Nacional Republicana) após o funeral de um habitante deste bairro social, como são aqui designados.
Os primeiros realojamentos de família residentes em barracas datam do início dos anos 80, aquando da descolonização africana.
Desde então para cá com o agudizar da crise econômica mundial, a tendência deste movimento é só crescer.
Em Lisboa, ficam aqui estas 3 sugestões a não visitar se o incauto turista mais desavisado não for alertado.
Já no Porto, a evitar são os bairros da Sé, Pasteleira, Pinheiro Torres, Aleixo, Cerco, Vila Deste e muitos outros.
Lá, o modus operandi é o mesmo. Tráfico a céu aberto de drogas, prostituição, venda de armas e etc.
As instituições, leia-se Prefeituras têm dado especial atenção na vigilância destes bairros sociais. Mas como a exemplo do Brasil, enquanto a polícia apaga um fogo aqui, nascem mais dois ou três ali…
De salientar que todos estes bairros não estão amontoados. Não. São bairros com “alguma” organização social. Tendo a maioria deles acesso a água, luz, gás e em muitos casos internet.
Bairros construídos à flor das avenidas mais movimentadas de Portugal.
E em nada se comparam ao aglomerado de casas umas em cima das outras, becos e vielas das favelas do Brasil.
Não que sejam mais aprazíveis. Mas aos olhos parecem ter uma organização menos desumana.
Estes são os bairros mais perigosos de Portugal. E infelizmente a situação parece não melhorar. Situam-se na periferia das grandes cidades e neles abundam problemas sociais graves como anteriormente citado.
Sobretudo praticada por gangs de jovens. As prefeituras têm apostado muito na reabilitação destes bairros, mas ainda há muito o que fazer.
Por isso caro leitor, nem tudo são rosas neste pequeno país. A verdade é que há cidades com um índice de marginalidade quase zero.
A minha cidade, Aveiro, por exemplo possui um índice de criminalidade que beira o zero absoluto.
Também existem bairros sociais aqui. Caião, Santiago, Griné… mas estão confinados dentro deles próprios e não saem da sua zona de ação, para a cidade por exemplo.
Aqui em Aveiro, costumo dizer aos meus amigos do Brasil, e são muitos, que podem passear os seus Rolex (se os tiverem, claro!).
Fica um convite a todos que ainda não conhecem. Venham conhecer Aveiro.
Cidade Linda, limpa, calma e que é enfeitada pelos seus diversos canais a que chamamos de Rias e que fazem lembrar Veneza. É por isso apelidada de Veneza Portuguesa. Sendo possível alugar um barco típico, os Moliceiros, e percorrer os vários canais que circundam toda a cidade.
Fico por aqui.
Parto agora numa aventura de Jeep até os “Picos da Europa”. 2.500m de altitude situado na zona mais alta e agreste da Espanha.
Parto rumo ao desconhecido, mas desafiado por um amigo em que tenho a maior confiança. Penso, não ter mais idade para aventuras deste tipo, mas…
Pode ser que a próxima coluna seja contar um pouco desta experiência.
Fiquem bem, abraços a todos os leitores desta Tribuna da Imprensa Livre.
A mim estar a dar um imenso prazer participar deste espaço.
“Não põe corda no meu bloco, não vem com teu carro chefe, não dá orem ao pessoal, não traz lema nem divisa, que a gente não precisa que organizem nosso carnaval…” (João Bosco)
SÉRGIO VIEIRA – Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Aveiro, Portugal. Jornalista, bancário aposentado, radicado em Portugal desde 1986.
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MAZOLA
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