Por Daniel Oliveira –
Diante do pandemônio causado no mundo por essa pandemia que nos assola durante a quase dois anos, onde milhares de vidas foram infelizmente perdidas, há de se destacar o espírito solidário que é tão peculiar ao nosso povo.
População em sua maioria composta de pessoas carentes, mas dotadas de um altruísmo que é uma de nossas maiores virtudes.
Em nossas comunidades é rotineiro, o dividir, o partilhar, o emprestar, o doar, o ceder. Quem nunca bateu à porta de um vizinho em busca de um copo de açúcar ou café?
Pois é exatamente essa capacidade de dividir o pouco, de se colocar no lugar do outro, ato este também conhecido por empatia, que nos fazem diferentes e por isso mesmo, especiais.
Em todo evento de ação social, um sentimento se destaca.
Sim, porque o resumo de todo ato voluntário de ajuda ao seu próximo, está proporcionalmente ligado à nossa capacidade de amar.
Somente quem possui um olhar sensível e puro ao que ocorre ao seu redor, consegue transformar indignação em ação, dor em redenção, sofrimento em esperança.
Nelson Mandela, disse uma vez que: “A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”.
Tal afirmação, vinda de um homem que sofreu perseguições, agressões físicas e psicológicas durante boa parte de sua vida, nos obriga a refletir sobre o real significado de nossa existência.
Aonde nos perdemos no curso de nossa estória? E qual o motivo de vermos tanta maldade nas telas de TV e Jornais?
Talvez seja em razão de que fazer o bem a outrem não dê a quem o faz, o seu devido reconhecimento.
Aliás muitos sequer almejam que o mundo saiba de suas ações, permanecendo anônimos.
Diante de tamanho desafio enfrentado por toda a humanidade neste momento, os atos de apoio mútuo e acolhimento, realizados por diversas instituições e pessoas, são o que tem levado alento a milhares de necessitados aqui e ao redor do mundo.
Na entrega de um cobertor a um sem teto, um prato de alimento a quem tem fome, em uma doação de cesta básica a uma família desprovida, em um ouvir a quem clama atenção, em um sorriso dado a quem está envolto em luto e tristeza, em tudo isso encontramos as diversas formas de conjugação do verbo: AMAR, que é por motivos óbvios o mais sublime dos mandamentos bíblicos: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.
Ao nos deixarmos envolver pelas brasas do voluntariado, doamos e recebemos na mesma proporção, em uma via de mão dupla, onde quem mais ganha somos nós mesmos.
Que o mandamento então se cumpra!
E que a chama, como bem disse Madiba, jamais se apague!
DANIEL OLIVEIRA – Consultor e palestrante no segmento de Segurança Industrial. Graduado em Gestão Ambiental (UniRio), Mestrando em Segurança Civil (UFF).
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MAZOLA
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