Por Iluska Lopes –
Rio Convention e Visitors Bureau quer consolidar cidade como destino LGBTQIA+ no pós-pandemia em parceria com a Câmara LGBT.
Uma vez passada a fase crítica da pandemia de Covid-19, hotéis, shoppings, bares e restaurantes do Rio de Janeiro vão adotar medidas para promover o turismo LGBTI+ na cidade, a fim de consolidá-la como destino atraente para este público. É o que prevê o plano de ação do Rio Convention e Visitors Bureau (Rio CVB) e da Câmara de Comércio e Turismo LGBT no Brasil.
Além de incentivar ações de cidadania e respeito à diversidade, o objetivo é acelerar a criação de novos negócios direcionados ao segmento, no qual o Rio se destaca, tanto no cenário nacional quanto no internacional. A cidade já foi eleita, em 2009, pelo site TripOutGayTravel como o melhor destino gay do mundo. Também, recentemente em votação no site GayCities foi apontada como uma das finalistas entre as cidades que são mais desejadas por esse público para o pós-pandemia.
O acordo do Rio CVB com a Câmara de Comércio e Turismo LGBT prevê ainda sensibilização e treinamento para que o setor amplie as vagas para pessoas LGBTI+ no trade turístico. Outras entidades e parceiros serão incorporados no programa de treinamento e capacitação.
“O Rio já é um destino LGBTQIA+ atraente há muitos anos. O que queremos é incrementar isso, mostrar que a cidade acolhe bem todo mundo, e tem muito a oferecer. É um público que nos interessa cada vez mais, que tem potencial para a geração de novos negócios, e que merece ser recebido da melhor forma possível pelos cariocas”, diz Roberta Werner, Diretora-executiva do Rio CVB.
Em outra frente, estão sendo mapeadas feiras que possam ajudar na divulgação do Rio como parte da rota turística LGBTQIA+. Press Trips e Fam Tours também podem vir a ser organizadas. A identificação de outros destinos nacionais com perfil parecido e de hábitos de consumo do público-alvo é mais um foco das entidades.
“É urgente uma pesquisa sobre os hábitos de consumos da comunidade LGBTI+ no Brasil. Para poder atender de maneira correta qualquer segmento é preciso primeiro o conhecimento do mesmo. Por isso, junto com o RIO CVB vamos buscar parceiros que possam nos ajudar a financiar mais esse projeto ambicioso da Câmara LGBT”, explica Otavio Furtado, Diretor de Turismo da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil.
As empresas do setor que se engajarem em ações voltadas à diversidade poderão ainda ser reconhecidas com um selo desenvolvido pela Câmara de Comércio e Turismo LGBT. Para 2022, a ideia é atrair para a cidade do Rio festivais de cultura, gastronomia e turismo, como os já realizados em Israel e na Alemanha. (informações do Rio CVB/assessoria de Imprensa)
***
Oferta de crédito para o setor de turismo é tema de audiência pública na Câmara dos Deputados
O Fundo Geral de Turismo (Fungetur) foi tema de audiência pública realizada na última quinta-feira (08.04) pela Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados. Na ocasião, Ministério do Turismo e membros do trade turístico debateram as ações que serão adotadas em 2021 quanto ao crédito emergencial operado pelo Fundo. Também foram discutidos os gargalos do acesso ao crédito e a viabilidade de revisão da lei que regulamenta o Fungetur para ampliar o apoio aos empreendedores.
Presentes na audiência, representantes da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) e da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) apontaram as demandas de cada segmento, que foram prontamente ouvidas pelo diretor do Departamento de Atração de Investimentos do Ministério do Turismo, João Daniel Ruettimann.
Em sua fala, Ruettimann frisou que o turismo foi um dos setores mais impactados pela pandemia de Covid-19 e ressaltou a importância do Fungetur neste momento de crise. “Foram ofertados, por meio do Fungetur, R$ 5 bilhões em crédito principalmente para micro, pequenos e médios empreendedores do setor e conseguimos manter mais de 43 mil empregos diretos”, pontuou.
O diretor do MTur destacou ainda outras medidas adotadas pela Pasta para minimizar os impactos da crise, como a Medida Provisória 936, convertida na Lei 10.020/2020, que proporciona flexibilidade em contratos de trabalho para evitar desligamentos; a MP 948, convertida na Lei 14.046/2020, que dá aos prestadores de serviços turísticos mais tempo para reagendar ou cancelar serviços, a fim de evitar o escoamento do fluxo de caixa das empresas; e a criação do Selo Turismo Responsável, Limpo e Seguro, que estabelece protocolos de biossegurança a 15 segmentos turísticos.
MEDIDAS – Na audiência, o diretor do Departamento de Atração de Investimentos, João Daniel Ruettimann, afirmou que o Ministério do Turismo trabalha na elaboração de uma portaria que permita aos bancos negociar a prorrogação ou suspensão dos prazos de carência de encargos e juros por até 8 meses. A medida atende às demandas dos bancos credenciados, dos parlamentares e dos receptores da linha de crédito e terá validade até final de 2021.
O representante da Pasta também fez um apelo aos parlamentares para que considerem a revisão da Lei n° 1.191, de 27 de outubro de 1971, que regulamenta o Fundo Geral de Turismo. “Enfrentamos um problema de defasagem e obsolescência do arcabouço legal do Fungetur. A lei é de 1971 e precisa ser revista para atendermos melhor os empreendedores na realidade em que vivemos”, ponderou Ruettimann. Segundo ele, dentre os pontos a serem revistos estão a impossibilidade de haver compartilhamento de risco e a permissão para empregar capital para campanhas de publicidade do próprio fundo.
A partir do pleito do MTur, o deputado Otávio Leite (RJ), com o apoio do presidente da Comissão de Turismo, deputado Bacelar (BA), sugeriu que a Comissão crie um grupo de trabalho reunindo parlamentares, trade turístico e governo para propor melhorias no texto da Lei que regulamenta o Fundo.
FUNGETUR – O Fungetur é uma linha de financiamento com recursos do MTur destinada, preferencialmente, aos segmentos de micro, pequenas e médias empresas. Para acessar os recursos do Fundo é necessário estar no Cadastur, que é o cadastro de pessoas físicas e jurídicas que atuam no turismo. O cadastro é rápido, gratuito e pode ser feito online, clicando AQUI. Com a situação regular no Fungetur, basta procurar uma das 29 instituições financeiras credenciadas a operarem recursos do Fundo. A análise para concessão do crédito é realizada exclusivamente pelo agente financeiro credenciado. (Informações da Secom do MTur)
Para saber mais sobre como acessar os recursos, veja o Guia Fungetur.
ILUSKA LOPES – Jornalista, Especialista em Turismo, Professora, Locutora, Colunista e Diretora de Redação do jornal Tribuna da Imprensa Livre. iluska@tribunadaimprensalivre.com
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