Por Luiz Carlos Prestes Filho –
Para a candidata a vereadora de Florianópolis, Tânia Ramos, presidente licenciada da Associação das Velhas Guardas de Escolas de Samba da região da Grande Florianópolis: “O carnaval da capital de Santa Catarina deve ser fortalecido, pois as escolas de samba não funcionam só no Carnaval, funcionam o ano inteiro, com projetos sociais; formando músicos, compositores, cantores, passistas; gerando trabalho e renda para costureiras e artistas plásticos maravilhosos”. Em entrevista exclusiva para o jornal Tribuna da Imprensa Livre Tânia Ramos afirma:
“A política municipal é dominada por um conluio entre ocupantes de cargos públicos e agentes do capital nas mais diversas áreas. Pretendo atuar na fiscalização das políticas públicas, e na contraposição às falcatruas. Meu projeto é claro, entre as bandalheiras dos endinheirados e os interesses do povo, eu tenho lado, sou mulher, negra, trabalhadora, moradora de uma comunidade que precisa de serviços públicos acessíveis e de qualidade e sou ativista de movimentos sociais.”
Luiz Carlos Prestes Filho: Como você vê a cidade de Florianópolis no contexto nacional?
Tânia Ramos: Segundo a pesquisa “Regiões de Influência das Cidades” (REGIC 2018), divulgada em junho passado pelo IBGE, Florianópolis agora é considerada uma das 15 metrópoles, um dos principais centros urbanos do país. Esta classificação evidencia uma transformação ocorrida nos últimos 10 anos com base em dados como quantidade de empresas, instituições públicas multilocalizadas e atratividade para bens e serviços. O levantamento é realizado a cada dez anos. O que isso quer dizer é que há maior verticalização de espaços urbanos, mais problemas de mobilidade e maior concentração de pessoas. E isso se dá em um contexto microrregional, com as vizinhas cidades de São José, Palhoça e Biguaçu, principalmente, numa perspectiva de polo econômico. Na verdade, esta “elevação de classificação” se dá por um suposto crescimento econômico e atração de novos investimentos do capital nacional e internacional. Curioso é que, das 24 mil novas empresas abertas no último período, 19 mil são de microempreendedores individuais (MEI), e que, das 15 metrópoles do país, Florianópolis é a que tem o menor Produto Interno Bruto (PIB). O que essa classificação não aponta é que temos um problema grave de soluções integradas para o transporte coletivo, destinação final de lixo, comércio ambulante, aumento da população de rua, falta de assistência social e de segurança pública, de saneamento, entre outros. Na prática, muitas das questões que deveriam ser prioridades no desenvolvimento de políticas públicas e combate às desigualdades não são mostradas, são invisibilizadas, jogadas para debaixo do tapete, como a falta de uma política habitacional para famílias de baixa renda, a violência (inclusive institucional) que atinge principalmente as mulheres e a juventude negra, o desrespeito aos direitos humanos e a superexploração dos trabalhadores. Logo, essa classificação de “metrópole” para mim expressa mais a condição de aumento das diferenças sociais, com a concentração de renda e poder nas mãos dos que já têm muito, em detrimento das condições de vida da maioria do povo.
Prestes Filho: As políticas de Meio Ambiente deveriam orientar as políticas de Turismo, Cultura e Desenvolvimento Econômico? A Economia da Cultura tem importância para o desenvolvimento local?
Tânia Ramos: O verbo está correto “deveriam” orientar, mas na verdade, o que se percebe é que o poder econômico influencia diretamente as políticas e legislações ambientais. E este é um debate muito atual em Florianópolis neste momento. A Prefeitura encaminhou para a Câmara Municipal um projeto repleto de erros, irregularidades e sem nenhum debate público para combater ocupações irregulares. Na prática o objetivo é viabilizar a derrubada de casas populares sem sequer ordem judicial. Mas, cretinamente, um jornal local estampou uma manchete de capa tentando vincular a oposição, principalmente nossos dois vereadores do PSOL em Florianópolis, com invasões e agressões à natureza. A versão oficial sustenta que o projeto visa coibir a “favelização da cidade”. O que não contam é que os principais agressores do meio ambiente e promotores de construções irregulares em Florianópolis são os grandes empresários e construtoras, com a omissão do poder público. Certamente a Economia da Cultura tem importância para o desenvolvimento local, mas infelizmente a indústria da construção civil, aliada com os donos das empresas de transportes e com o chamado “trade turístico” mandam na cidade de Florianópolis, prosseguindo com um processo predatório e excludente de crescimento econômico. Nós defendemos a necessidade de um processo de crescimento social, econômico e ecologicamente sustentável.
Pretendemos propor e fiscalizar medidas para melhorar as políticas de gestão de resíduos sólidos e de implementação de saneamento básico onde é mais preciso, o combate à ocupação irregular em área de preservação, essas sim, invadidas e apropriadas por especuladores, fortalecimento do ecoturismo, criação de programas de agricultura urbana, criação de novas áreas verdes para as comunidades, como na região continental da cidade, por exemplo, a criação do Parque Linear do Jardim Atlântico, na PC3, e ações para a proteção e saúde dos animais.
Prestes Filho: Você pretende consolidar no seu município atividades esportivas?
Tânia Ramos: Florianópolis já dispõe de muitas atividades esportivas, principalmente voltadas para as classes médias e altas. O que falta, e muito, é espaços de lazer e esportes voltados para a maioria do povo. Esporte tem muito a ver com saúde, com ocupação para nossas crianças e juventude, afastando-as das garras do tráfico. Em nossa comunidade, na Coloninha, na área continental da cidade, após ocuparmos uma escola pública que queriam derrubar para favorecer a especulação imobiliária, nossa associação de moradores desenvolveu uma série de projetos de esporte e lazer pra meninada, de cultura e até de geração de emprego e renda. Na perspectiva do esporte, pretendo realizar um mandato ouvindo os profissionais e agentes do setor, além de fortalecer projetos de incentivo ao esporte junto às comunidades, favorecendo a todos e todas, das crianças aos idosos.
Prestes Filho: Qual a importância da sua cidade no contexto do carnaval brasileiro?
Tânia Ramos: Há cerca de 25 anos, badalava-se por aqui que o Carnaval de Florianópolis era o quarto melhor do país, sendo superado, supostamente, pelo Carnaval do Rio de Janeiro, de Salvador e de Recife. Esse discurso buscava atrair investimentos turísticos, os turistas e propiciar a ocupação da rede hoteleira. Engessaram tanto o Carnaval espontâneo, de rua, que em grande parte a festa popular foi sendo marcada pela violência. Até as chamadas grandes sociedades carnavalescas, que atraiam e maravilhavam as pessoas com seus carros alegóricos, foram enfraquecidas e não desfilam mais. No Carnaval deste ano conseguiu-se a proeza de privatizar tudo, não era o Carnaval da cidade, era o Carnaval da AMBEV, que resolveu que o desfile das escolas de samba campeãs, na terça-feira, na Passarela Nego Quiridu, não seria mais gratuito. Não houve acordo com as escolas. Minha escola de samba, a Unidos da Coloninha, foi a campeã. Organizamos um desfile alternativo, gratuito, na Beira Mar Continental, que foi a coisa mais linda e acompanhado por uma multidão. Aqui em Florianópolis nossas escolas de samba não funcionam só no Carnaval. Funcionam o ano inteiro, com projetos sociais, como formação de músicos, compositores, cantores, passistas, com geração de trabalho e renda para costureiras e artistas plásticos maravilhosos.
Acho que o objetivo a ser alcançado do carnaval florianopolitano é recuperar seu sentido, para fortalece-lo no contexto do carnaval brasileiro, que tem uma diversidade cultural fantástica nas diversas regiões do País.
Prestes Filho: As políticas de controle da ocupação do território da cidade e dos distritos estão adequadas e atualizadas?
Tânia Ramos: As “atualizações” do nosso Plano Diretor têm refletido, invariavelmente, os interesses dos donos do poder econômico. Recentes movimentações em prol de um Plano Diretor Participativo, quando houve vitórias populares nesta disputa do espaço da cidade, foram barradas ou pelo Executivo ou pela maioria dos vereadores, que representam os interesses dos especuladores.
Entre as propostas que defendemos estão ações sobre política de habitação e regularização fundiária, a fiscalização e combate às ocupações irregulares por grandes empreendimentos, saneamento básico e preservação ambiental, o resgate do Plano Diretor Participativo e ampliação de ações de acessibilidade para deficientes e idosos.
Prestes Filho: Você está candidata a vereadora por desejar melhorar a cidade? Como você vê a política municipal?
Tânia Ramos: A política municipal é dominada por um conluio entre ocupantes de cargos públicos e agentes do capital nas mais diversas áreas. Pretendo atuar na fiscalização das políticas públicas, e na contraposição às falcatruas. Meu projeto é claro, entre as bandalheiras dos endinheirados e os interesses do povo, eu tenho lado, sou mulher, negra, trabalhadora, moradora de uma comunidade que precisa de serviços públicos acessíveis e de qualidade e sou ativista de movimentos sociais. Minhas prioridade estão expostas nas propostas que defendo (disponíveis em www.taniaramospsol.com.br/propostas). Elas expressam um desejo muito grande de empoderamento das mulheres e combate às violências cotidiana das quais são vítimas, da negritude, de valorização dos direitos humanos e combate aos preconceitos e discriminações, de disputa por políticas habitacionais de combate ao extermínio de nossa juventude, principalmente a juventude negra que, como em outros grandes centros do país, está encarcerada, enquanto os grandes ladrões estão livres, protegidos por imunidades e fartos de recursos públicos, que deveriam ser aplicados na saúde, por exemplo, enfiados dentro da cueca.
Prestes Filho: Quais suas propostas para Saúde e Educação?
Tânia Ramos: Além do trabalho nas redes sociais, estamos fazendo nossa campanha à Câmara Municipal de Florianópolis com uma equipe de apoiadores que – com os cuidados necessários diante da pandemia do coronavírus – estão levando de casa em casa um panfleto com a síntese de nossas ideias e propostas. Neste panfleto, além da defesa dos trabalhadores no serviço público, para a educação defendemos o fortalecimento das creches municipais e comunitárias, o fortalecimento e ampliação de programas de alfabetização nas comunidades, programas de qualificação e valorização dos trabalhadores na educação e programas de inclusão de jovens com necessidades especiais, por exemplo. Já para a saúde e assistência social, além da defesa do SUS e de combate a essa ideia de sua privatização por este governo federal que está de costas para o povo, entre outras propostas, defendemos projetos de apoio a mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade, a aplicação da Lei do parto humanizado, projetos de promoção da educação sexual, planejamento familiar, direitos reprodutivos, autonomia do corpo e doenças sexualmente transmissíveis, projetos e políticas dos laboratórios trans e apoio aos LGBTQI+ e políticas inclusivas para a população negra e os deficientes.
Prestes Filho: Quais suas propostas para fortalecer as empresas de Florianópolis? Como gerar trabalho e renda?
Tânia Ramos: Acho que as grandes empresas de Florianópolis já estão bem fortalecidas e com seus representantes e entidades muito bem situados no cenário político-econômico local. Me interessa defender aqueles que estão esquecidos, abandonados pelas políticas públicas, as micro e pequenas empresas responsáveis por um grande número de empregos e pelo fortalecimento do mercado de consumo interno, os microempreendedores individuais, melhores condições de trabalho para os entregadores de bicicleta e moto, a defesa do Programa Litoral Sustentável, com apoio a pescadores, rendeiras e artesãos, apoio a projetos desenvolvidos por mulheres, projetos coletivos como os de restaurantes populares, cozinhas e lavanderias coletivas, entre outros. Quanto ao carnaval, embora se expresse também como um segmento econômico importante, porque gera trabalho e renda, me posiciono por defendê-lo enquanto expressão cultural fundamental e enraizada na vida do povo florianopolitano e brasileiro. E, mais do que o carnaval, a cultura do samba enquanto manifestação multicultural fundada na resistência histórica negra.
Prestes Filho: Quais suas propostas para Melhor Idade?
Tânia Ramos: Não tratei desta questão como ponto programático específico. Acho que o fundamental é ampliar o respeito aos idosos, não os tratando como se fossem todos incapazes e descartáveis. São pessoas que têm história, que têm uma experiência de vida. Que já cumpriram uma trajetória produtiva e que ainda podem contribuir muito mais. São pessoas que merecem o que está previsto no Estatuto do Idoso. Falta os poderes públicos e a própria sociedade garantirem a proteção dos seus direitos básicos, como saúde, educação, trabalho, justiça; políticas de proteção à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Sou presidente (neste momento licenciada por conta da campanha eleitoral) da Associação das Velhas Guardas de Escolas de Samba da região da Grande Florianópolis. Velhinhos? Vai lá ver! A maioria está dando um banho de alegria, disposição, vontade de fazer coisas.
Encaminhamos juntos vários projetos e todo mundo se ajuda na busca de recursos, na realização de uma atividade recreativa ou cultural, na defesa de uma reivindicação das comunidades. Não vou generalizar, porque a nossa turma das velhas guardas é um caso à parte e vai muito bem, obrigado. Mas o que a grande maioria de nossos idosos precisa é de mais atenção, como prioridade nos atendimentos de saúde, políticas de acessibilidade aos equipamentos públicos e para sua mobilidade, por exemplo.
Prestes Filho: Quais suas propostas para a mulher?
Tânia Ramos: Também não tratamos as questões referentes às mulheres num eixo de propostas específico, porque elas estão em todo o nosso programa de vereança. Vou dar alguns exemplos. Na segurança, defendemos campanhas contra a violência sexual e doméstica e formação para trabalhadores no serviço público e no transporte para saberem como tratar em casos de violência e/ou assédio sexual e moral contra mulheres, bem como a ampliação do número ou de serviços de delegacias especializadas. Na educação, sabemos que são as mulheres quem mais precisam de serviços de creche para seus filhos. Na saúde, uma série de propostas como a de apoio às mulheres grávidas em situação de vulnerabilidade. Na habitação, a garantia de prioridade às mulheres nos programas de aquisição da casa própria. No trabalho e renda, o apoio a projetos protagonizados por mulheres. E por aí vai: a ideia é empoderar a mulherada! Não por acaso, a coordenação de nossa campanha, que também conta com a participação de companheiros de luta, tem uma presença de mulheres maravilhosas e guerreiras. E o objetivo coletivo maior foi definido: vamos eleger a primeira mulher negra vereadora de Florianópolis! Daí não tem o que fazer, né?! O que eles e elas dizem que tem que fazer, eu vou e faço.
Prestes Filho: Sua família tem tradição na política de Florianópolis? Conte sobre seu pai e sua mãe, sobre sua família.
Tânia Ramos: Não, meu pai e minha mãe já são falecidos. Minha mãe sempre foi comerciante e eu cresci vendo ela ajudando as pessoas. Ela tinha um olhar diferente com as pessoas mais necessitadas. Meu pai também sempre me educou para que eu tivesse amor ao próximo, entendesse e respeitasse a posição de todos. Então cresci num ambiente onde aprendi que a vida das pessoas precisava estar em primeiro lugar, aprendi que elas precisavam ter direitos básicos, como educação, saúde e moradia. Nunca fui influenciada a participar de partido político nenhum, mas minha família sempre me passou uma visão socialista. Meus quatro filhos também não têm um envolvimento mais geral com a política. Têm, sim, uma sensibilidade para as questões comunitárias e uma visão do que está acontecendo em nosso país, estado e município.
Prestes Filho: Como você se iniciou na política? Qual sua experiência?
Tânia Ramos: Bem, acho que começou por caso, no combate às injustiças. No segundo grau escolar, eu estudava em um colégio público, o Aderbal Ramos da Silva, e participava do grêmio estudantil. Daí um dia o diretor da escola (um professor que, aliás, eu respeitava e gostava muito) resolveu pendurar no mural uma lista com os nomes dos alunos cujos pais não tinham pago uma taxa que nem lembro o que era, entre eles constava o meu nome. Nossos pais não pagaram não é porque não queriam, mas porque naquele momento não tinham dinheiro mesmo. Meus colegas, a maioria negros, ficaram chateados, envergonhados, tristes. Fui lá, arranquei aquelas folhas do mural e fui com a turma direto na sala do diretor. E daí eu falei: “o senhor pega isso aqui e enfia onde quiser, mas o senhor nunca mais vai fazer isso com a gente”. Ele nunca mais fez! Depois, após eu me formar em Técnica de Enfermagem, e já com os meus quatro filhos, comecei a trabalhar e me deparar um injustiças, seja na exploração dos trabalhadores, seja no atendimento às comunidades, seja no combate às atrocidades da ditadura militar daquele período. E eu ouvia as entrevistas do Brizola e do Lula. Isto me empolgou, participei do movimento das Diretas Já e passei a vivenciar a vida partidária. Em 1992, participei da campanha que elegeu o Sérgio Grando e o Afrânio Boppré para a Prefeitura, com a Frente Popular. Como eu já tinha um trabalho comunitário, participei do Núcleo Gestor do Plano Diretor da área continental de Florianópolis e fui secretária executiva da Secretaria do Continente. Depois, participei de movimentos em defesa da saúde, da educação e por moradia em locais de disputa social. Participei, também da equipe do mandato do Afrânio tanto como deputado estadual como vereador. E no meio disso tudo, o samba sempre foi uma grande paixão.
Hoje participo dos Conselhos Municipais de Saúde, Educação, integro a União Florianopolitana de Entidades Comunitárias (UFECO), participo de movimentos contra as privatizações, da direção de uma creche comunitária, do Fórum Catarinense de Mulheres na Política e cuido dos meus netos.
Prestes Filho: Você acredita que o instituto constitucional das eleições é a base da democracia? A democracia é o sistema político que deve ser protegido e fortalecido?
Tânia Ramos: Eu acho que a democracia não se afirma só nas eleições. Para fortalecer a democracia, você tem que participar das lutas cotidianas da sua comunidade, da sua escola de samba, do seu sindicato, enfim da luta incessante em defesa dos direitos sociais, da liberdade e contra as opressões. Evidentemente que as eleições, no plano federal, estadual ou municipal, são uma oportunidade de disputa de espaços de poder, de conquista de lugar de fala e de representação e fortalecimento das demandas das mulheres, dos negros, dos índios, das comunidades, da preservação ambiental, enfim, de uma série de pautas sociais, econômicas, políticas e culturais importantes. Embora o chamado Estado Democrático de Direito seja imperfeito e não expresse, na sua totalidade, um modelo de sociedade que considero necessário, é preciso defendê-lo diante da ameaça representada pelo mandatário maior do nosso país e sua postura ultraconservadora, de favorecimento dos banqueiros, dos agressores do meio ambiente e dos latifundiários, estimuladora das desigualdades, do discurso de ódio e da perda de direitos para os trabalhadores e o povo.
LUIZ CARLOS PRESTES FILHO – Cineasta, formado na antiga União Soviética. Especialista em Economia da Cultura e Desenvolvimento Econômico Local, diretor executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Coordenou estudos sobre a contribuição da Cultura para o PIB do Estado do Rio de Janeiro (2002) e sobre as cadeias produtivas da Economia da Música (2005) e do Carnaval (2009). É autor do livro “O Maior Espetáculo da Terra – 30 anos do Sambódromo” (2015).
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