Por Daniel Mazola

Atuando nas comissões da OAB/RJ de Direitos Humanos, de Direito Ambiental e de Políticas sobre Drogas há mais de 35 anos, o candidato a vereador pela cidade do Rio de Janeiro, Wanderley Rebello, afirma que: “Uma vez melhorando a situação da segurança e do meio ambiente no município, atrairemos mais investimentos e facilitaremos as PPPs. O setor privado pode ser um excelente parceiro para o desenvolvimento do município, bastando que se garanta aos empresários mais segurança, e a visibilidade de sua marca”. Em entrevista exclusiva para o jornal Tribuna da Imprensa Livre o experiente advogado destacou:

“A advocacia tem feito um excelente trabalho em termos de garantir o respeito aos direitos humanos fundamentais, mormente os direitos sociais. E isto, para mim, vai ganhar força caso eu seja eleito, pois serei um advogado e vereador atuando.”

Wanderley Rebello de Oliveira Filho (Fotos: Divulgação)

Daniel Mazola: Como você vê a Cidade do Rio de Janeiro no contexto dos outros 91 municípios do Estado do Rio de Janeiro?

Wanderley Rebello: Vejo o Rio como uma Cidade querida por todos, mas ao mesmo tempo uma Cidade que mete medo por causa da violência, uma cidade quase sitiada. O número de criminosas, salvo engano, já é maior do que o número de policiais, e isto representa a falência da Cidade e do Estado em garantir a segurança e o bem estar da população. Há muito a ser feito em termos de segurança, e isto envolve trabalho e educação. A Guarda Municipal precisa ser capacitada e aumentada em número de guardas.

Daniel Mazola: As políticas de meio ambiente deveriam orientar as políticas de turismo, cultura e desenvolvimento econômico?

Wanderley Rebello: Deveriam orientar também, com certeza. Temos uma Cidade com indiscutível vocação política, mas o problema acima, de segurança, tem afastado muitos turistas de nossa Cidade. Quanto ao meio ambiente, é vergonhosa a situação de nossas Lagoas, destaques para as de Jacarepaguá, Tijuca e Marapendi, que sofrem elevado grau de poluição e degradação, entre outros exemplos. Um meio ambiente protegido e equilibrado sem dúvida contribui para o turismo local, para a cultura e para o desenvolvimento econômico. Urge que nossos recursos hídricos sejam despoluídos e protegidos! A educação ambiental é essencial para este fim.

Daniel Mazola: Você entende que um vereador deve ter atuação distrital? Apesar do Rio ser a capital, é importante valorizar o bairro, a praça, a rua?

Wanderley Rebello: Eu acho que não, necessariamente. Importante para o Vereador é se preocupar com o Município todo, e se preocupar mais com os locais mais carentes, que mais precisam de atenção.

Daniel Mazola: O desenvolvimento econômico e a geração de trabalho e renda podem ser potencializadas nos bairros?

Wanderley Rebello:

Podem sim, mas precisam ser potencializadas em todos os bairros, uma vez feito o diagnóstico das necessidades de cada um.

Daniel Mazola: As políticas de controle da ocupação do território da cidade estão adequadas e atualizadas? Existe uma forma de impedir invasões?

Wanderley Rebello: Longe disto. O crescimento desordenado é o que prevalece. E aí a gente volta ao problema da segurança, haja vista que organizações criminosas muitas vezes gerenciam este lamentável crescimento, sem falar na necessidade do cidadão de morar, o que o faz invadir as encostas dos morros e as margens de rios. Falta fiscalização. Falta a eficiência policial. Faltam alternativas para garantir moradia a quem precisa, que é um direito humano fundamental.

Daniel Mazola: Como você vê a política municipal atual? Como pretende legislar? Quais as prioridades?

Wanderley Rebello: Vejo uma política bastante deficiente, como se o atual Prefeito não se ocupasse dos nossos mais graves problemas. Acho que existe uma política de “fechar os olhos” para garantir apoio político e popular. Nos discursos do Prefeito não vejo referências a soluções para tantos problemas graves de nosso Município. Leis Municipais precisam se elaboradas para a garantia de direitos humanos fundamentais, haja vista a competência também do Município de legislar a favor deles. As prioridades são educação, saúde, segurança e meio ambiente.

Daniel Mazola: Em tempos de pandemia, quais as suas propostas para a saúde e a educação?

Wanderley Rebello: Para a saúde, garantir uma rede hospitalar municipal eficiente e que garanta excelente tratamento para todos. Em termos de educação, garantir escolas municipais em ótimo estado e educação de qualidade, dando aos seus alunos a escolha de participarem das aulas presencial ou virtualmente. Urgente um diagnóstico da atual situação das escolas e dos hospitais municipais.

Daniel Mazola: Como melhorar a infraestrutura de transporte e fortalecer a política de segurança?

Wanderley Rebello: Primeiramente, é necessário conhecer os contratos relacionados aos serviços de transporte para, em seguira, batalhar para ampliar o que já existe, pois é inaceitável o tempo que se perde indo da casa para o trabalho. Isto tem que mudar. Vamos ver o que pode ser feito também em termos de transportes aquaviários, para fomentá-los. Em termos de segurança, óbvio que como cidadão, e também como político, poderei cobrar das autoridades estaduais e federais para que nos garantam segurança, visto tratar-se de direito humano fundamental. Em termos municipais, como já disse, capacitar a guarda municipal e aumentar os seus quadros.

Daniel Mazola: Quais as minhas iniciativas voltadas para a melhor idade, índios, afrodescendentes, LGBTS?

Wanderley Rebello: Ora, estamos falando de grupos sensíveis e que necessitam de mais atenção. Ser diferente é normal, mas muitos ainda não entendem isto. Temos simplesmente que garantir igualdade e respeito para todos, sem qualquer distinção. Idosos e índios merecem mais benefícios dos serviços públicos e privados, e afrodescendentes e LGBTS merecem mais respeito e igualdade. Vamos legislar neste sentido, com certeza.

Daniel Mazola: Um vereador pode contribuir para diminuir a violência contra a mulher?

Wanderley Rebello:

Sim, com certeza. Com uma Guarda Municipal capacitada para este fim, e em parceria com a União e o Estado. Prevenir a violência é dever de todos.

Daniel Mazola: Como fortalecer a parceria público / privada no município?

Wanderley Rebello: Uma vez melhorando a situação da segurança e do meio ambiente no município, atrairemos mais investimentos e facilitaremos as PPPs. O setor privado pode ser um excelente parceiro para o desenvolvimento do município, bastando que se garanta aos empresários mais segurança, e a visibilidade de sua marca.

Daniel Mazola: Sua família tem tradição na política? Qual a sua experiência?

Wanderley Rebello: Ninguém da minha família já pertenceu a qualquer cargo seja no legislativo, seja no executivo. Sou o primeiro candidato da minha família, tanto por parte de pai quanto de mãe. Minha experiência é de mais de 35 anos atuando nas comissões da OAB/RJ de Direitos Humanos, de Direito Ambiental e de Políticas sobre Drogas.

Daniel Mazola: Você entende que o instituto constitucional das eleições é a base da democracia?

Wanderley Rebello:

Sim. O voto é importante, é como o povo escolhe os seus representantes. Eleições livres e o exercício do voto garantem a vida democrática.

Daniel Mazola: A advocacia é um instrumento para alcançar a justiça social?

Wanderley Rebello: Com certeza. Acho que a advocacia tem feito um excelente trabalho em termos de garantir o respeito aos direitos humanos fundamentais, mormente os direitos sociais. E isto, para mim, vai ganhar força caso eu seja eleito, pois serei um advogado e vereador atuando.


DANIEL MAZOLA – Jornalista profissional (MTb 23.957/RJ), Editor-chefe do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Consultor de Imprensa da Revista Eletrônica OAB/RJ e do Centro de Documentação e Pesquisa da Seccional, Membro Titular do PEN Clube – única instituição internacional de escritores e jornalistas no Brasil. Pós-graduado, especializado em Jornalismo Sindical. Apresentador do programa TRIBUNA NA TV (TVC-Rio). Ex-presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI). Conselheiro Efetivo da ABI (2004 a 2017). Foi Assessor de Imprensa da Federação Nacional dos Frentistas (Fenepospetro) e do Sindicato dos Frentistas do Rio de Janeiro (Sinpospetro-RJ). Vice-presidente de Divulgação do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (2010/2013), editor do jornal FAFERJ (Federação das Associações de Favelas do Estado do RJ), editor do jornal do SINTUFF (Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal Fluminense-UFF), editor do jornal Folha do Centro (RJ), editor do jornal Ouvidor Datasul (gestão empresarial e tecnologia da informação), subeditor de política do jornal O POVO, repórter do jornal Brasil de Fato, radialista e produtor na Rádio Bandeirantes AM1360 (RJ).