Redação –
Representantes das centrais sindicais estiveram reunidos na manhã desta quinta-feira (27), na sede do Dieese, em São Paulo, para definir o calendário de ações em defesa das instituições e do Estado Democrático de Direito.
Na ocasião, as lideranças sindicais reafirmaram a posição intransigente em defesa das liberdades democráticas e conclamam a unidade de todas as forças sociais contra o golpismo estimulado pelo governo. “O atual momento político é delicado, pois a convocatória para uma manifestação contra o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal) se soma a outros episódios de ataque à nossa democracia por parte do presidente da República e seu grupo político”, alerta Miguel Torres, presidente da Força Sindical.
O presidente da CUT, Sérgio Nobre, alerta também que o conflito ocorrido em Sobral-CE, em que o senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi alvejado, coloca em risco a estabilidade social.
O presidente da CGTB, Ubiraci Dantas (Bira), ressalta que a sociedade não pode se calar diante de mais um ato do presidente, ignorando a responsabilidade do cargo que ocupa pelo voto, agindo deliberadamente, de má-fé, apostando em um golpe contra a democracia, a liberdade, a Constituição, a Nação e as instituições.
Os sindicalistas consideram importante melhor compreensão do atual momento, bem como das estratégias que estão em curso na relação com o Congresso Nacional onde está em debate conjunto de reformas que buscam a redução dos direitos da classe trabalhadora e o desmonte do Estado brasileiro. “Reafirmamos à importância das mobilizações que estão sendo organizadas por diversas categorias de trabalhadores e setores da sociedade”, diz João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical.
De acordo com Juruna, as lideranças sindicais de cada central irão convocar suas bases, para fortalecer a mobilização e organização destes movimentos em todo o País.
“A posição das centrais foi uníssona em defesa da democracia, rechaçando o autoritarismo do presidente Bolsonaro. Esta unidade nos fortalece e certamente vai contribuir para a promoção de grandes manifestações no País”, comentou o secretário de Formação e Cultura da CTB, Ronaldo Leite.
Participaram da reunião representantes de 9 centrais sindicais: CUT, Força Sindical, UGT, CTB, Nova Central, CSB, CGTB, CSP-Conlutas e Intersindical.
Acompanhe o calendário que indica como mobilizações a serem fortalecidas e organizadas pelo conjunto do Movimento Sindical:
• 3/03 – reunião dos partidos e organizações da sociedade civil em defesa do Estado Democrático de Direito e das instituições republicanas que ocorrerá no Congresso Nacional, às 10h;
• 8/03 – atos em defesa dos direitos das mulheres (Dia internacional da mulher);
• 14/03 – atos em memória da luta da vereadora Marielle Franco (RJ);
• 18/03 – ato em defesa dos serviços públicos, empregos, direitos e democracia; e
• 1º/05 – 1º de Maio Unificado das centrais. (Com Rádio Peão Brasil)
Leia também:
Centrais repudiam escalada golpista do presidente Bolsonaro
Fonte: DIAP
MAZOLA
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