Por Edimea Teixeira –

O BioParque do Rio começou a funcionar dia 22 para o público em geral. O novo zoo na Quinta da Boa Vista pode ser visitado diariamente das 9h às 17h. As famílias interessadas em conhecer a nova atração da cidade devem comprar os ingressos exclusivamente pelo site.

O preço individual é R$ 39,75, para a tarifa normal. Crianças e estudantes até 21 anos, idosos e pessoas com deficiência poderão pagar meia-entrada, por R$ 19,87. Para quem tem até dois anos e 11 meses, não há cobrança. Devido à pandemia, a capacidade de público está limitada a 20% do total. O uso de máscara é obrigatório, assim como manter um distanciamento mínimo de dois metros, entre outras medidas preventivas.

Um dos orangotangos do parque, Elsie é atração para os visitantes (Reprodução/Estefan Radovicz)

O BioParque também oferece o plano de sócios, com o valor individual de R$ 80 ao ano. O titular pode incluir até sete dependentes por mais R$ 60, cada um. O pagamento poderá ser parcelado em até 12 vezes sem juros. Os sócios têm acesso ilimitado ao parque durante todo o ano e desconto de 10% na loja, lanchonetes e restaurantes do local, entre outras vantagens. Também podem iniciar a visita às 8h30.

Foram quase dois anos de obras envolvendo a restauração e a expansão da estrutura que pertencia ao antigo Jardim Zoológico da Quinta. “Queremos transformar o BioParque em um lugar de referência para a conservação e proteção dos nossos animais“, afirmou Pablo Morbis, presidente do grupo Cataratas, responsável pela administração do espaço, que vai abrigar aproximadamente 140 espécies diferentes, dos quais 33% em risco de extinção.

“O objetivo é garantir que os animais possam viver em um ambiente mais próximo possível do que seria a natureza”, diz Cláudio Maas, um dos biólogos técnicos responsáveis pelo BioParque. “Saímos de um zoo expositivo e nos tornamos um centro de conservação. Os visitantes vão se surpreender com um ambiente de primeiro mundo, com ampla manutenção dos espaços de animais e constante cuidado humano. Reunimos um local seguro, agradável e que remete aos grandes ecoparques do mundo”, acrescentou.

Durante a inauguração o prefeito Eduardo Paes alimentou os animais na Fazendinha do BioParque (Beth Santos/Prefeitura do Rio)

Entre as novas áreas de visitação, estão a Vila dos Répteis, com jacarés e serpentes; a Ilha dos Primatas, com várias espécies que pertencem à Amazônia; o setor Reis da Selva, com leões, onças e tigres; a Savana Africana, com zebras, girafas e hipopótamos; os Polinizadores, onde os visitantes poderão ter contato com pequenos insetos e borboletas, entre outros; e a Fazendinha, local em que será possível acariciar e alimentar os animais, de forma supervisionada.

A ampla área verde atrai diariamente frequentadores de todas as idades e praticantes de esportes. Eles reclamam da falta de conservação das quadras e dos equipamentos da Academia da Terceira Idade, além de muita sujeira nos lagos.

Pórtico de entrada do BioParque Rio (Guilherme Cazé/BioParque do Rio)

Procurada pela reportagem, a Secretaria do Meio Ambiente e a Fundação Parques e Jardins informaram que a conservação e a recuperação do parque é uma prioridade. “Por meio da Secretaria de Meio Ambiente e da Fundação Parques e Jardins, a Prefeitura do Rio está comprometida com a restauração ambiental do Parque Municipal Quinta da Boa Vista. A gestão integrada das áreas verdes é um compromisso para trabalhar em parceria com os órgãos municipais responsáveis por serviços de limpeza, iluminação, poda e retirada de equipamentos abandonados“, destaca nota oficial.

O texto ressalta que, com 155 mil metros quadrados, a Quinta da Boa Vista é um importante ativo ambiental para o meio ambiente da Cidade do Rio: “O histórico espaço verde em São Cristóvão é compartilhado com importantes instituições de ensino e pesquisa. O restauro do Museu Nacional da UFRJ, a inauguração do BioParque e a nova gestão integrada do parque inauguram um novo momento da Quinta. A prefeitura está comprometida em cuidar e defender este local que faz parte da memória afetiva de todo carioca“. (Informações jornal O Dia)

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RedeTrilhas ganha segundo percurso no roteiro: o Caminho de Cora Coralina

Os 330 quilômetros do Caminho de Cora Coralina passaram a integrar desta terça-feira (23/03) a Rede Nacional de Trilhas de Longo Curso (RedeTrilhas). O percurso passa pelas cidades históricas de Corumbá de Goiás, Pirenópolis, São Francisco de Goiás, Jaraguá e a Cidade de Goiás, abrangendo também os municípios de Cocalzinho de Goiás, Itaguari e Itaberaí. Além do Ministério do Meio Ambiente (MMA), a rede é composta por membros do Ministério do Turismo e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Percurso passa por diversas cidades do Centro-Oeste brasileiro (Divulgação/Governo de Goiás)

A trilha de longo curso, idealizada em 2013, encanta os turistas com muita natureza, povoados locais e muitos atrativos para os adeptos do ecoturismo. O caminho surgiu com o propósito de interligar os municípios, fazendas e atrações da região. Tudo isso é percorrido por antigos caminhos, numa expedição turística para ser aproveitada pelos viajantes caminhando ou pedalando.

O Brasil é o país com o maior potencial de crescimento no turismo pós-pandemia onde o turista do mundo todo vai procurar por destinos de natureza e não tem lugar mais bonito do que o nosso Brasil. Somos o único país no mundo com seis biomas – Pantanal, Pampa, Mata Atlântica, Amazônia, Caatinga, Cerrado e a nossa Amazônia Azul”, assegurou o ministro do Turismo, Gilson Machado Neto.

Na última semana, a RedeTrilhas ganhou o primeiro percurso, a trilha Transcarioca, localizada no estado do Rio de Janeiro. O percurso compreende pontos como o Pão de Açúcar e a Lagoa Rodrigo de Freitas, que cruza o Rio de Janeiro, saindo da Barra de Guaratiba e chegando ao Morro da Urca. Os atrativos naturais e culturais, por ela interligados, incluem a pista Cláudio Coutinho, o Parque Municipal José Guilherme Merquior e o Parque Lage.

REDETRILHAS – As propostas de adesão de Trilhas de Longo Curso à RedeTrilhas devem ser apresentadas ao Ministério do Meio Ambiente em meio físico ou enviadas para o e-mail redetrilhas@mma.gov.br. Elas podem ser encaminhadas por órgãos públicos, organizações da sociedade civil ou entes privados, de acordo com os requisitos para adesão estabelecidos na Portaria Conjunta MMA/MTur/ICMBio nº 500, de 15 de setembro de 2020.

A busca por destinos de natureza aparece como tendência para o turismo pós-Covid e pensando na retomada das atividades turísticas, o Ministério do Turismo lançou o “Guia de Viagem em Família”, no qual são apresentados destinos, passeios e experiências para que as famílias brasileiras possam redescobrir o Brasil. Nele, são indicadas viagens de curta distância que promovam bem-estar e atividades ao ar livre. Também são dadas dicas para aproveitar a viagem em família, desde os relacionados aos protocolos de segurança estabelecidos no Selo Turismo Responsável e à atenção aos equipamentos de proteção e de segurança, como máscaras e álcool em gel. (Informações da Ascom/MTur)

Edição: Iluska Lopes


EDIMEA TEIXEIRA – Gerente de Marketing Turístico, membro do Conselho Editorial e Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.