Por Carlos Barreto –

Esta história foi me contada por alguém que me sensibilizou e não poderia deixar de a relatar, tal e qual como me foi contada e demonstra que o mundo é composto por pessoas e que há pessoas que fazem a diferença.

Os tempos que vivemos de inquietação, de notícias diárias de guerras, mortes, ganância do poder, deixa nos tristes, apreensivos, e sentimos uma desilusão pelo ser humano que nos governa, que nos orienta que nos guarda e não temos comando para mudar.A natureza acaba por criar equilibrios e ao mesmo tempo existem pessoas que sao fiéis a princípios, que se diferenciam no nível elevado que pautam o relacionamento entre seres humanos.

Esta história inicia se nos anos 70, dois jovens cheios de ambição, com sonhos infundados num futuro incerto, criaram laços de amizade que se firmaram até aos dias de hoje. Falamos de um tempo não distante, em que não havia telemóveis, redes sociais, e tudo se passava no contato diário assente em palavras, cumplicidades e partilhas.

A amizade deles foi criada na diferença, no sonho, na luta na vontade e no querer de um dia poderem atingir objetivos. Um deles metódico, realista, cerebral sempre pautou a sua conduta por metas a establecer pelo rigor ao confiar na sua astúcia no seu arrojo, definir prioridades e fazer o que fosse necessário para sentir o cheiro de vitória. O outro, totalmente diferente assentava os seus objectivos diários, sem qualquer compromisso com o que o amanhã lhe poderia facultar e realizar.

A questão que me sensibilizou nesta história, é exatamente o que o destino pode proporcionar o que as incertezas do futuro podem concretizar e o que interessa mesmo é o resultado final.

Dois mundos distintos, duas personalidades díspares, dois ADNs distantes na sua essência, mas o compromisso de realizar sonhos, de gerar metas.

Sem nunca se comprometerem em seguir os mesmos objetivos, sem procurarem equipararem-se e seguindo caminhos diferentes na estrada da vida com curvas, retas e contracurvas diferentes, foram ao longo do tempo trilhando caminhos distintos, escalando montanhas em geografias diferentes e passados 50 anos atingiram algo que os diferencia.

Um pelo seu sucesso, pela sua infindável luta diária gerou uma família, estável, dedicou todo o seu tempo à educação dos seus três filhos, e hoje são exemplo de vida, são o espelho de várias gerações, pois já existem netos e um dia bisnetos. Num planeta cheio de ódios, cheio de vidas massacradas, fazem a diferença nos laços de amor, no exemplo vivo que quando se investe em pessoas, o resultado são as melhores pessoas que brotam sementes nesta vida.

O segundo cheio de pedras pelo caminho, gerou uma família linda, através dos seus dois filhos, que já lhe trouxeram netos, e com amor, dedicação, vontade e querer, hoje sao seres que brotam ao mundo, sementes de felicidade e amor.

A questão desta história que me captou atenção, foi como dois seres humanos 50 anos idos, puderam com caminhos diferentes, vivências diferentes, culturas diferentes, obterem na meta da vida o mesmo resultado comum, uma família.

Temos de acreditar, temos de pensar que neste mundo inquieto e moderno o que faz a diferença são as pessoas.

Acreditemos que em todos os lugares, em todas as geografias em todo o planeta terra, também existem essas pessoas.

Tudo vale a pena, quando a alma não é pequena.

Um grande bem haja a Humberto B, e a Carlos B.

CARLOS BARRETO –  Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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