Por Kleber Leite

Flamengo 2 x 0 Fluminense.

Sou da escola do João. Por mais que o futebol apresente as suas evoluções táticas, no fundo, no fundo, quem ganha jogo, quem faz a diferença, é o talento, é o craque.

O segundo gol do Flamengo, com todo respeito aos meus amigos tricolores, foi um deboche, porém, sem a mínima intenção em menosprezar o adversário. Dois passes de calcanhar e para frente, procurando o gol com talento refinado. Quadro criado por Arrascaeta e Pedro, e assinado por Cebolinha. Obra de arte…

Fla-Flu um pouco esquisito, principalmente por conta do Fluminense. Tudo bem que a tortura da altitude tenha influenciado a atuação tricolor, porém, muito me chamou atenção o fato de Cano, centroavante e artilheiro, ter pisado muito mais na sua própria área, do que na do Flamengo.

Pelo nosso lado, também algo curioso. A única defesa do goleiro do Fluminense foi no final do jogo, em chute de Igor Jesus. No mais, dois gols…

Certamente, alguém não vai gostar da próxima observação, até porque, o tema é um jogador contestado.

Seguinte: Varela, no seu feijão com arroz, tem dado consistência ao sistema defensivo. E por falar nisso, nossa zaga de área está beirando a perfeição.

Do meio para frente, pela ordem, Pedro e Arrascaeta. No mais, ninguém desafinou…

Agora, aqui para nós: que absurdo, neste calor infernal jogar às quatro da tarde. Antes, a culpa era da Globo, que tinha que privilegiar sua grade de programação. E agora, qual é a explicação? A Globo não comprou o direito de transmissão e quem comprou, pelo que paga, não está com esta moral toda para impor horário tão cretino.

E o pior é que os jogadores, principais interessados, não se posicionam. Definitivamente, brigar pelos seus direitos não faz parte da cartilha do nosso povo.

Para encerrar, um fato curioso. Hoje, é muito melhor ser segundo colocado do que primeiro. Se não houver modificação na tabela, nesta reta final, o Flamengo, primeiro colocado, pegaria o Vasco na semifinal.

O Fluminense, segundo colocado, teria o Nova Iguaçu pela frente.

Claro que alguém irá argumentar que vale um título, a Taça Guanabara. Daqui, indago: hoje em dia, Taça Guanabara é título?

Bom lembrar que, na semifinal, em caso de resultados iguais, o primeiro colocado elimina o quarto e, o segundo, tem vantagem sobre o terceiro.

Dor de corno é complicado. Volta e meia vem à cabeça: se tivéssemos um treinador normal no ano passado, teríamos, no mínimo, dado umas quatro voltas olímpicas…

Como agora temos um treinador que vai além da normalidade, a esperança é gigante.

KLEBER LEITE é jornalista, radialista, empresário, dirigente esportivo, blogueiro e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre. Fundador da Klefer Marketing Esportivo em 1983.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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