Por Daniel Mazola e Prestes Filho –
Em função da repercussão das matérias exclusivas: “SIRO DARLAN: a Força, a Indignação e a Verdade“ e “SIRO DARLAN: eu conheço a fome, eu conheço o frio, vivi a vida dos jovens e das crianças abandonadas – essa é a minha origem”, estamos publicando uma série de depoimentos e manifestações de solidariedade de diversos membros da sociedade civil sobre a “perseguição implacável” – como a maioria tem se referido ao caso – que culminou com a suspensão do exercício da função do desembargador Siro Darlan.
Nosso objetivo é transforma esse trabalho em livro ou edição especial do jornal impresso para ser distribuído gratuitamente, caso queira ou possa contribuir com algum valor, entre em contato via WhatsApp (55 21 98846-5176) ou e-mails: mazola@tribunadaimprensalivre.com / prestes@tribunadaimprensalivre.com
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SOMOS SIRO DARLAN
Depoimentos – Parte II
#campanharestaurarverdade
JUNIOR PERIM é educador e Produtor cultural, ex-secretário municipal de cultura do Rio de Janeiro, fundador do Circo Crescer e Viver e do Festival Internacional de Circo do Rio.
Desconheço organizações sociais e pessoas que realizaram ou realizam ações focadas no desenvolvimento de crianças e jovens, na Cidade do Rio de Janeiro, que não tenham sido alcançadas de maneira positiva pela atuação do Dr. Siro Darlan.
Sua voz no juizado da infância e da juventude e no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, marca uma era de reconhecimento e apoio às iniciativas de proteção e cuidado com a infância e encorajamento da juventude popular. Uma geração inteira de experiências sociais viram os impactos de seus projetos e atividades avançarem, a partir da visibilização e luta pela superação dos dramas sociais da infância e dos estratos mais pobres empreendida por este magistrado – um dos poucos que se coloca disponível permanentemente para o diálogo com a sociedade civil organizada que atua para reduzir os efeitos das desigualdades sociais, promover diretos e assegurar justiça.
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LUIS FERNANDO ROMÃO é especialista em Direito da Criança e do Adolescente pela UERJ e doutorando em Direito na Universidade de Coimbra – Portugal.
Excelência,
De Coimbra tenho acompanhado, através da Tribuna de Imprensa Livre, vosso sofrer e no Mosteiro de Santa Cruz, fundado no século XII pelos Cônegos Regrantes de Santo Agostinho, do qual sóis vós devoto, rogo a Cristo Crucificado que pela Santa Cruz, imposta pela justiça dos homens poderosos da época, salvou a humanidade mesmo sofrendo o flagelo injustamente, conforte-vos neste momento.
Que Santo Antônio, que aqui estudara, fizera-se sacerdote e há 800 anos decidira largar tudo para seguir os ensinamentos de Francisco e dedicar-se aos pobres, interceda por vós e pela vossa causa. O mesmo Antônio de Lisboa que operou milagre para salvar seu próprio pai de condenação à morte após injusto processo penal instruído pelas mãos dos poderosos daquela época. Santo Antônio, que pela sua intercessão o fraco torna-se forte, segundo Responso devotamente invocado pelos séculos desde 1232, seja vossa fortaleza.
As mais de três horas de julgamento ocorrido em setembro passado forjaram um acusado que não é o Siro Darlan da vida real, aquele que todos conhecemos, aquele que lutou incansavelmente para tornar a infância desvalida verdadeiramente cidadã. Aquele Siro Darlan modelado nos autos de Inquérito e Ação Penal na capital do Poder é só uma construção para ser chumbado mais facilmente e satisfazer a política das togas, com jogo de palavras, engenharia hermenêutica, por vezes cínica, pois não desconhecem o real, ignoram-no.
O Siro Darlan da vida real não cabe naqueles autos, é muito maior que a toga que vos pousava os ombros, agora interrompida, suspensa, assim também ficará a justiça que satisfazia aqueles invisíveis que Vossa Excelência era um dos poucos capazes de ver, enxergar e lhes prestar a justiça segundo as leis dos homens.
O Siro Darlan levado a julgamento não é o Dr. Siro da Vara da Infância, do CEDCA, dos menores, dos pobres, dos desvalidos, dos rejeitados. O acusado feito réu, desenhado e cuidadosamente fabricado numa delação para instrução penal, é artificial, é de papel e tinta da caneta impostos por força da autoridade de instância e não da autoridade das provas materiais, das provas com robustez de certeza e evidências.
O Dr. Siro Darlan das crianças jamais será apagado ou terá a erosão de sua dignidade. Esse entrou para a história do Direito da Infância, tal qual Mello Mattos e Alyrio Cavallieri. Essa biografia não será destruída.
A Cruz pesa, mas santifica. A Santa Cruz, de Jesus, dos cônegos agostinianos, de Santo Antônio, salvará. Este Calvário vai passar e Vossa Excelência, Dr. Siro Darlan das crianças, amigo querido, terá a Verdade, a Justiça e a Paz.
Com o mais absoluto respeito, admiração e humilde amizade, receba d’além-mar o meu abraço e a minha solidariedade.
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LUANA MEIRA LOPES é comissária da 1ª Vara da Infância da Juventude e do Idoso – Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.
O querido Dr. Siro, em tempos difíceis como os que estamos vivendo, é uma das vozes mais democráticas, acessíveis e expoentes, por isso uma das primeiras a serem caladas à força. Aqueles que tiveram o privilégio de conviver um pouco com ele mais proximamente (ainda que por um período curto), sabem da sua magnanimidade e disponibilidade de ajudar ao próximo, seja ele quem for. Todas as vezes que eu o procurei, encontrei portas abertas e ouvidos atentos, dispostos a ajudar. E essas lembranças, Dr. Siro, ninguém jamais poderá apagar. Quero agora poder retribuir e falar: conte comigo. No que precisar, estarei disponível. Fique firme, não se abata. As pancadas mais violentas sempre são para as árvores mais fortes e vistosas. Eu não largo a sua mão. Tudo isso passará e voltaremos a respirar ares de liberdade. E lembraremos das vozes que nunca se calaram. Que Deus te abençoe e te dê sustentação. Com muito carinho.
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DANIEL MAZOLA – Jornalista profissional (MTE 23.957/RJ); Editor-chefe do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Consultor de Imprensa da Revista Eletrônica OAB/RJ e do Centro de Documentação e Pesquisa da Seccional; Membro Titular do PEN Clube – única instituição internacional de escritores e jornalistas no Brasil; Pós-graduado, especializado em Jornalismo Sindical; Apresentador do programa TRIBUNA NA TV (TVC-Rio); Conselheiro Efetivo da Associação Brasileira de Imprensa (2004/2017) e ex-presidente da Comissão de Defesa da Liberdade de Imprensa e Direitos Humanos da ABI; Foi Vice-presidente de Divulgação do G.R.E.S. Estação Primeira de Mangueira (2010/2013).
LUIZ CARLOS PRESTES FILHO – Diretor Executivo do jornal Tribuna da Imprensa Livre; Cineasta, formado em Direção de Filmes Documentários para Televisão e Cinema pelo Instituto Estatal de Cinema da União Soviética; Especialista em Economia da Cultura e Desenvolvimento Econômico Local; Coordenou estudos sobre a contribuição da Cultura para o PIB do Estado do Rio de Janeiro (2002) e sobre as cadeias produtivas da Economia da Música (2005) e do Carnaval (2009); É autor do livro “O Maior Espetáculo da Terra – 30 anos do Sambódromo” (2015).
MAZOLA
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