Por Alexandre Farah

De repente, o mundo inteiro entrou em guerra. Não mais as tradicionais e infames guerras entre os homens, mas a guerra contra um vírus. O inimigo invisível que já matou mais de 1 milhão e 600 mil seres humanos, por todo o globo – e as baixas continuam. Os “feridos” pelo novo coronavírus já passam de 70 milhões, muitos com sequelas, dos quais 20 milhões neste momento ainda lutam pela vida.

O ano de 2021 começa com esperança. Várias vacinas despontam no cenário médico-científico, o que enche de expectativas a população mundial, cansada das mortes, dos riscos, do isolamento social e das grandes dificuldades econômicas trazidas pela pandemia.

Só a ciência pode vencer essa guerra! Fora disso, é o caos, o obscurantismo, o genocídio.

O Ano Novo – que devemos, sim, celebrar, nos limites do isolamento necessário – aponta para 2021 – e por que não dizer, para 2022 também – como um momento de otimismo responsável, racional. É hora de comemorar as vacinas, mas conscientes de que os cuidados devem continuar. Particularmente em nosso país continental, a vacinação tende a se estender por todo o ano que vem, na melhor das hipóteses. Há muito que lutar e avançar ainda. Nossa celebração não será gratuita – ela precisa ser construída, talvez até com luta.

Sonhamos com um Brasil livre da Covid-19, que retome o contato humano que tanto nos caracteriza como povo afetivo; sonhamos com a retomada da economia, ao menos aos níveis anteriores à pandemia, mesmo que ainda estivesse longe do crescimento necessário ao país. Estes são nossos desejos para 2021, sem perder a perspectiva de que precisamos construir muito mais do que isso. A alegria imediata pela superação da pandemia não substitui a luta por uma felicidade mais sólida e mais profunda, que só alcançaremos quando nosso país abraçar um projeto que traga desenvolvimento econômico, justiça social, democracia plena e soberania nacional. Resumindo, no Brasil lutamos pela paz social e o progresso econômico.

Nós, descendentes de libaneses no Brasil, somos cerca de 14 milhões de brasileiros. Muitos dedicados ao comércio, mas estamos também em todas as demais atividades da sociedade. Está em nosso DNA a defesa da Paz e do Progresso. Sabemos, por exemplo, que não haverá paz no mundo, enquanto não houver paz no Oriente Médio. A paz é a condição básica para o desenvolvimento da vida humana, para a prosperidade, para a construção da felicidade. Por isso a Paz está sempre presente em nossas mensagens de Ano Novo.

Para 2021, desejamos para o mundo a vitória definitiva contra o coronavírus. Que vençamos essa guerra e que venha a paz sanitária!

E que a retomada da normalidade nos permita construir, em 2021 e 2022, um bom caminho para o nosso país, que precisa se unir em torno de um projeto nacional de desenvolvimento, capitaneado por pessoas qualificadas, experientes e comprovadamente capazes. Vamos, juntos, construir a esperança de dias melhores para todos, no Brasil e no mundo.


ALEXANDRE FARAH – Advogado, Membro Efetivo do Instituto dos Advogados Brasileiros – IAB, ex-Conselheiro Federal da OAB, Deputado Estadual da primeira bancada do PDT-RJ.

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