Por Sérgio Cabral Filho

O Brasil voltou ao clube das dez maiores economias do planeta. Grande notícia!

Óbvio que sem distribuição de renda, o valor dessa conquista se esvai. Daí que o governo Lula tem sido ousado em fazer o país crescer com políticas inclusivas e repartição de parte, ainda modesta!, do bolo arrecadatório para os miseráveis e mais pobres. Aliás, os dois fatos estão imbricados. O crescimento econômico se deu, também, pela política distributiva do governo brasileiro.

O agronegócio, sem dúvida, foi o puxador da geração de riqueza. Graças a Deus, por ter nos abençoado com terras ricas e férteis, e a Embrapa e seus profissionais abnegados, que tornaram-na referência mundial em ciência agrícola tropical e subtropical.

Mas, caro/a leitor/a, sem um país justo e que crie oportunidades para todos, estamos fadados ao fracasso social e econômico.

Lula e Haddad têm feito o dever de casa fiscal, sem perder o foco na miséria e na pobreza do povo brasileiro. Não pode ser diferente. Semana passada, analisei aqui os recentes dados divulgados pelo IBGE, que apontaram a média per capita, por domicílio, das famílias brasileiras. Os dados chocantes revelam que, no Maranhão, a pior média nacional, a renda per capita domiciliar não chega a mil reais. No DF, maior renda, 3,5 mil. Dados chocantes de um país injusto e concentrador de renda nas mãos de privilegiados.

Geraldo Alckmin coordena um ousado programa de revitalização da indústria brasileira. O país se desindustrializou nos últimos 12 anos. Não chegamos ao sucateamento absurdo do parque industrial argentino, mas estávamos no mesmo caminho.

Alerto a turma do laissez-faire, subsídios são instrumentos soberanos utilizados por todas as nações que se encontram acima do Brasil no ranking da Fitch. Subsídios para os mais pobres e miseráveis, para os desempregados, para os subempregados, para o setor de serviços, agricultura e indústria. Qualquer dúvida dos liberais empedernidos, chequem os subsídios do orçamento da França para os agricultores, ou o que o governo norte-americano gasta de subsídios no Eximbank.

Grande notícia nos dá a agência de risco Fitch. Nosso PIB, segundo a agência, foi de 2,17 trilhões de dólares. Passamos o Canadá e a Rússia. Não é pouca coisa, depois de um processo recessivo e tumultuado nos últimos anos.

Porém, precisamos avançar mais. Passo pelas ruas do meu Rio e não vejo obras de infraestrutura. Troca de ônibus bi-articulados e canaletas com estações são o destaque da minha cidade, que acabou de completar 459 anos de sua fundação…

Sem investimentos em infraestrutura patinaremos sem rumo; o “up side” da economia do Brasil é investimento em infraestrutura. Não há outro caminho.

Nos dados recentes, há busca pelo equilíbrio fiscal e expansão dos gastos do governo. Esse equilíbrio deve ser expandido. Lula fez isso durante oito anos (2003/2010) com sabedoria. Pobres, classe média e classes abastadas usufruíram prosperidade e crescimento econômico.

O BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica, bancos regionais e o Tesouro Nacional, junto com governos estaduais e municipais podem, articulados e não cada um com suas prioridades díspares, fazer o nosso Brasil mais justo e próspero, de novo!

SÉRGIO CABRAL FILHO – Jornalista e Consultor Político da Tribuna da Imprensa Livre.

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