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QUE FARIA SE FOSSE PREFEITO? – por José Macedo
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QUE FARIA SE FOSSE PREFEITO? – por José Macedo

Por José Macedo

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da vittude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto” (Rui Barbosa).

A cada eleição, acentua-se o descrédito nos valores da política, tornando-se campo fácil e fértil para os maus, incompetentes e desonestos.

Nessa era de incertezas e distópica, que será da inteligência humana, tempo da robotização e da inteligência artificial (IA)?

Será, enfim, o fim da história e, a chegada do apocalipse?

Haverá lugar para a educação humana?

Será então a constatação de nossa burrice e suicídio coletivo ou, a criatura (a máquina) destruindo o criador? Haverá tempo para livrarmo-nos do totalitarismo da máquina e da anulação da inteligência humana? Assim, pergunto: Que tipo de humanos virá? Não sei.

Hoje, 04 de outubro de 2024, faltam 02 dias para as eleições municipais.

Esse período pré-eleitoral deixa-me pensativo, considerando sua importância, mas desinteresse.

O eleito, pela maioria do voto popular, livre de vícios, supomos, governará, por 04 anos, o dia-a-dia de nossas vidas.

O espaço, a ser administrado, é o município, onde vivemos, nossa residência, família, escolas, hospitais e serviços da competência do executivo municipal.

No território municípal, respiramos, testemunhamoa alegrias, insatisfações, protestos e demandas, próprios da comunidade do século XXI, a era da máquina, do sofisticado e complexo progresso tecnológico.

Por que, não quis ser candidato, nem atendi a alguns chamados, apesar, naturalmente, de meus sonhos?

Confesso que, em alguns momentos, cobrei de mim esse sonho, posso afirmar leve frustração, mas desfeita, logo após a atender às minhas reflexões.

Hoje, sei de que, não basta ser economista, ser advogado e ter ocupado cargo público, ser preparado, quando, não faz parte engrenagem do sistema político capiralista, enfim, das “malandragens”, assim dizem.

A “esperteza e a malandragem” tornaram-se valores, vejam vocês, currículo para submeter-se e obter sucesso, uma eleição disputada, sem esquecer o exercício do mandato, na hipótese de vitória.

O poder econômico e os abusos são instrumentos ilícitos ajudam e são essenciais nesse processo eleitoral, fatores que desencorajam cidadãos de bem e corretos a entrarem na política. “De tanto ver prosperar a desonra…”

Então, no silêncio de minhas reflexões, pergunto a mim: Se eu fosse prefeito?
Eu superaria a logica do capital e da ganância do supercapitalismo?

Mas, exercer o poder sem sucumbir à força e a magia do capital, à logica do capitalismo é cruel, é quase impossivel.

Por isso, muitos desistem, preferem a omissão e o anonimato, votam por exigência da lei.

Se eu fosse prefeito, começaria dizendo a meus munícipes quais seus direitos e deveres, distribuiria a todos e a todas a Lei Orgânica do Município e a Constituição Federal de 1988.

De início, organizaria Conselhos Municipais, abrangendo as funções e serviços e competências das Secretarias.

Cada secretaria estaria vinculada a seu Conselho, as condições necessárias e específicas, para seu funcionamento, assim como, o propósito de motivar a participação da População.

Recuperaria as Praças públicas (as Ágoras ateniences), que reassumiriam suas históricas utilidades, de entretenimento e espaco atrativo ao debate das questões atinentes à cidade, uma autêntica forma de exercitar a cidadania, voltando a praça a ser do povo, espaços úteis ao exercício da cidadania, repito.

As escolas e as Praças estariam disponíveis, organizadas e seriam utilizadas como locais para debates, atraindo a população, adquirindo satus de assessoria, oferecendo estudos e sugestões ào poder executivo (a administração), uma forma efetiva do exercicio de cidadania, composta por alunos e pelo povo.

O resultado dessas assembleias, suas discussões e sugestões seriam escritas e levadas ao executivo (prefeito), que elegeria as prioridades, viabilizando-as, recepcionando-as, segundo suas prioridades, critérios, conveniências e objetivos, previamente, conhecidos no plano de governo.

As escolas e as praças seriam os locais, de onde nasceriam lideranças, conhecimento e debates, exercício de cidadania, aproximando a administração, o exrcutivo, e o povo, este, fonte do poder e da democracia, na visão de que, a voz do povo é a origem do poder e força da democracia.

Por fim asseguro que: minhas utopias e meus sonhos não morreram.

JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.

Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com


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