Por Daniel Oliveira –
Recentemente deixei a comodidade do meu lar, a fim de realizar uma visita.
Resolvi ir logo pela manhã, a fim de chegar ao local sob a garoa, que não é muito comum no Rio de Janeiro, mas que tem nos agraciado com certa frequência ultimamente, vide a série de frentes frias que nos tem chegado em sequência.
Desço do trem na estação Maracanã, esta que diversas vezes encontrei no intuito de assistir meu Flamengo jogar.
Mas não dessa vez me seria um dia festivo!
Em frente a UERJ, pego uma condução que me leva a autoestrada Grajaú-Jacarepaguá!
Recordo-me agora que morei em Jacarepaguá na minha infância, tendo estudado em uma escolinha infantil chamada Jacarelândia, onde aprendi a reconhecer as letras, que hoje ordenadas, transformam-se neste singelo texto.
Subida íngreme, descida cautelosa, realiza o busão que peguei.
Assim segui viagem, até meu destino final que era o Hospital Cardoso Fontes!
Jamais tinha adentrado naquele local, e sequer sabia de sua localização, até a ocorrência de uma conversa a dias atrás com a esposa de um grande amigo meu.
A dias, estou realizando um trabalho de aplicação de um questionário, a fim de formatar um trabalho final universitário.
O local de estudo, localizado perto de onde resido, é também o de moradia de um amigo, que conheci em minha adolescência, quando trabalhando no McDonald’s e fui designado a buscar um produto que estava acabando na loja que eu trabalhava na época, no shopping Rio Sul.
Lá o conheci!
Sorriso largo, bonachão, estava ele no salão da loja, (Hilário de Gouveia, a primeira do Brasil), e logo me abordou!
Fala comigo… o que veio fazer aqui?
Disse a ele meu propósito, indo ele falar com o gerente da época e providenciar o material que me seria emprestado.
Deste dia em diante, nossas vidas se encontraram diversas vezes!
Ele seguiu carreira na área de manutenção e eu na área administrativa, culminando em nos encontramos na loja Brasil Drive, situada na época em Bonsucesso.
Lá, por quase 3 anos trabalhamos juntos e estreitamos muito nossa amizade!
Dias de pagamento, era uma festa! Saíamos após o fechamento da loja de madrugada, eu, ele e o chefe de manutenção para sacar nosso salário em uma agência 24 horas do Banco do Brasil, no aeroporto!
Bons tempos…
Recordo estes fatos no intuito de perpetuar em minha memória, momentos que não voltam mais, porém que forjaram um carinho e respeito mútuo.
Ao vê-lo naquela manhã, um misto de gratidão a Deus, e impotência me envolveu!
Calou fundo em minha alma o que presenciei, mas que reservarei a mim e sua esposa que me acompanhou na visita!
Finalizo exortando a quem lê, que não se privem de visitar um amigo ou alguém em razão de nenhum motivo.
Uma visita, uma palavra, um afago para quem recebe, independente de seu estado físico, faz bem para a alma, de todos os envolvidos!
Não renegue seu próximo em momento de dor e aflição, pois é nessa hora que eles mais precisam de nós!
E que Deus nos abençoe!
“O saber contra a ignorância, a saúde contra a doença, a vida contra a morte. Mil reflexos da batalha permanente em que estamos envolvidos”. (Oswaldo Cruz)
DANIEL OLIVEIRA – Palestrante e escritor; Formado em Gestão Ambiental pela UNIGRANRIO; Pós Graduado em Engª de Segurança Contra Incêndio e Pânico pela Universidade Cândido Mendes-UCAM; Mestrando em Defesa e Segurança Civil, pela Universidade Federal Fluminense-UFF; Voluntário da Defesa Civil Municipal do Rio de Janeiro.
Envie seu texto para mazola@tribunadaimprensalivre.com ou siro.darlan@tribunadaimprensalivre.com
Tribuna recomenda!
