Por Edimea Teixeira

A retomada do turismo no Estado do Rio de Janeiro têm sido bastante assertiva e cuidadosa na reabertura de hotéis e pousadas, os protocolos de segurança estão sendo implantados com muito critério, essa é a análise do presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), membro do Conselho Nacional de Turismo (CNT) do Ministério do Turismo e diretor da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) Alexandre Sampaio de Abreu. O representante do setor de turismo e entretenimento destaca:

“Não teremos Reveillon e Carnaval, é fundamental ressaltar a relevância do turismo na economia do estado do Rio de Janeiro. Estamos reforçando iniciativas de hotéis e bares para zelar pela segurança dos visitantes”.

Formado em Ciências Contábeis, Alexandre Sampaio tem mais de 40 anos de atuação no mercado hoteleiro, também coordena o Comitê Brasileiro do Turismo (CB54) da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), órgão de planejamento, coordenação e controle das normas relacionadas ao Turismo (representante da ISO no Brasil), é membro do Conselho de Administração do Sindicato de Bares e Restaurantes do Rio de Janeiro (SindRio) e foi presidente do SindRio entre 2002 e 2010.

Alexandre Sampaio de Abreu – presidente da FBHA e diretor da CNC

Edimea Teixeira: Como está o processo de retomada no Rio de Janeiro?

Alexandre Sampaio: No Rio de Janeiro, os restaurantes foram liberados pela Prefeitura para ocupar as áreas externas que já tinham direito a acomodar clientes antes da pandemia. As músicas ao vivo também foram autorizadas. Ambas as situações seguindo as regras de ouro da municipalidade, qual seja limite de público, com o uso de máscaras, álcool gel para higienização, entretanto, ainda não há permissão para buffet self-service.

Os eventos, aos poucos, estão sendo liberados, como casamentos, formaturas, etc. Já no que diz respeito à hospedagem, estamos com ocupação média de 25% durante a semana, 35% nos fins de semana e até 80% em feriadões (isto na capital). No interior do estado, os sábados e domingos, em locais turísticos, têm experimentado uma boa ocupação de acordo com a oferta permitida pelas prefeituras.

O Reveillon no Rio, do ponto de vista do Cristo (Foto: Fernando Maia/Riotur)

Edimea Teixeira: Quais são as perspectivas para 2021?

Alexandre Sampaio: As projeções para depois das vacinas são boas, entretanto, até lá, as diárias hoteleiras seguem deprimidas. Não teremos Reveillon e Carnaval; a malha área ainda se recuperando. Também vemos um certo receio por parte da população para viajar, o que gera um processo lento de recuperação para o turismo fluminense e carioca.

“O maior espetáculo da Terra”, carnaval do Grupo Especial do Rio (Foto: Divulgação/Riotur)

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Edição: Iluska Lopes – Diretora de Redação


EDIMEA TEIXEIRA – Gerente de Marketing Turístico e Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre.