Por Carlos Barreto –

Portugal é um pequeno País, na parte mais ocidental da Europa, banhado pelo Oceano Atlântico onde tudo é bom, povo, clima, comida, segurança…

O que não presta mesmo é a classe política que nos governa faz anos, sempre com agenda própria onde o bem mais precioso, o povo, é sempre deixado de lado.

Quem nos visita fica maravilhado, um país tão pequeno, tem preciosidades que se destacam, paisagens, lugares, ou a forma acolhedora como o povo recebe, mas em boa verdade escondemos carências que não deveriam existir, a forma como os idosos são tratados, a barbaridade de taxas que pagamos todos os dias desde que acordamos até ao deitar, a falta de cuidados para as populações mais desprotegidas e tudo resultado de políticas levadas a cabo ao longo de anos e anos, que não protegem quem mais precisa e deveria ter toda a atenção do mundo.

Porto, cidade costeira no noroeste de Portugal conhecida pelas pontes imponentes e pela produção de vinho

Somos 10 milhões e picos de habitantes, seria aparentemente fácil governar este País com mais rigor e futuro pois a nossa população não chega à população que cabe num bairro da China, ou à população de um estado do Brasil. A maioria da população, quando chega a hora de pensar no futuro emigra, pois sabe que vai encontrar melhores condições de vida, para procurar fontes de vida futura para se proteger. A classe política seja pela irresponsabilidade seja pela falta de formação não programa o futuro no presente, mas procura sempre soluções rápidas e eleitoralistas para atingir os seus objetivos. Ao fazermos uma viagem pelos vários setores de atividade e economia, vemos sempre as mesmas caras, há anos e anos, já estamos tão habituados a essas personagens que quando desaparecem da média, pensamos, ou foram presos ou estão doentes. São sempre os mesmos cromos que decidem os destinos destes país, durante décadas e décadas e só largam a teta do poder, pela morte. Todos bons rapazes para eles e para os que estão à sua volta.

Marcelo Rebelo de Sousa foi reeleito para a presidência. (Reprodução)

Mas Portugal tem história, tem povo, tem tradição a encontrar soluções e é nessa esperança que vivemos, nessa ilusão que acordamos todos os dias que amanhã, irá ser sempre melhor que ontem.

Temos tudo para dar certo, quem nos visita encontra um país que combina o moderno com a tradição, encontra segurança de norte a sul e ilhas, encontra lugares onde a comida e a bebida são o deleite de palatos e sabores, encontra paisagens idílicas, o que não presta mesmo são os governantes e a classe política, tudo o resto é bom demais.

Lisboa, uma das cidades mais carismáticas e vibrantes da Europa. (Commons Wikimedia)

Gostamos de quem nos visita, temos o dom de receber bem, somos solidários com o próximo, somos um povo de referências e história, e o que mais se destaca é que valorizamos o convívio, a grande maioria dos atos sociais e familiares passam-se à volta da mesa e quase sempre com bebida e comida, por isso mesmo temos prazer de dar prazer a quem nos rodeia.

A nova geração é a “geração esperança” e que os velhos do Restelo abram mais oportunidades a quem pode ter mais e melhor futuro.

Portugal este retângulo à beira mar plantado, um país onde as sensações e emoções andam de mão dada.

CARLOS BARRETO –  Consultor de Comunicação; Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, representante e correspondente internacional em Lisboa, Portugal.


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