Por Bolivar Meirelles –
“Vai-se a primeira pomba despertada… vai-se outra mais… mais outra. Enfim…dezenas de pombas vão-se dos pombais…Apenas raia, sanguínea e fresca a madrugada…” Poeta Raimundo Correia. Sonhos…sonhos.. sonhos… Também na Política. Arte dos conflitos sociais. Transbordar de ilusões e pretensões. Espelho Narcísico de muitos. Muitos mesmo. Se acham…se achando os melhores. A maioria das pombas e pombos voltam, ao entardecer, serenas e serenos, aos pombais. Os sonhos humanos não têm pombais. São, por vezes, idas sem retorno. Vão e não voltam. Caligrafia mal feita. Sem contorno básico. Inelegíveis pelo fato de incompreensíveis. Luta por explicar possibilidades impossíveis. Matemática sem “prova dos nove”. Imposições tentadas em inteligências limitadas. Enfrentamento necessário. Eleições previstas. Agregação necessária de forças. Composições esdrúxulas. Extrema direita; Centro direita; Centro esquerda; Esquerda; Extrema esquerda… E…as pombas voando nesse vendaval de proposições, utopias parcas. Matemática-política complicada. “Sou eu, sou eu…”, Insistem uns… “Não… você não”. “Tem voto para ir para o segundo turno mas… será fatalmente derrotado” “consultei os santos”… Complementa…”abra mão para mim, não tenho votos mas, parte da direita comporá comigo”… dirá outro recente “chegado?” ao Centro da Esquerda. É mas não é. Parece ser…
E, nesse “balaio de gatos” entre arranhões, abraços falsos e até beijos mortíferos vai sendo processado esse teatro pré-eleitoral de 2022.
As pombas continuam na sua quase rotina diária. A maioria absoluta voltará, serena, aos pombais. Cumprirá a rotina natural amanhã e…nos dias seguintes… Quem quiser busque explicações para os políticos. Só que, os arranhões da política quase sempre impedem de retornar as mesmas posições. Habitam Partidos e não Pombais. Além do que, vivem e lutam por interesses, de classe e, até pessoal. Querem, quase sempre, “por se acharem”…, serem os representantes maiores de sua classe. Ou composição de classes. Observemos os pombos e os políticos. Aos pombos a observação… Aos políticos, … “pé a frente… pé atrás”. O momento é complicado. Observemos com cautela para não sermos enganados. Felizmente não acreditei num certo Capitão que mentiu e conquistou uma Presidência da República que, para o exercício dela não possuía nem a arte nem a competência, nem a dignidade.
Cuidado, muito cuidado.
BOLIVAR MARINHO SOARES DE MEIRELLES – General de Brigada Reformado, Cientista Social, Colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre, Mestre em Administração Pública, Doutor em Ciências em Engenharia de Produção, Pós Doutor em História Política, Presidente da Casa da América Latina e Colunista do Caminhando Jornal TV (TVC-Rio).
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