Por Walter Oaquim

Esta semana, comemoramos a Semana Nacional do Meio Ambiente. Instituída por decreto em 1981, ela tem como objetivo conscientizar a população da importância da preservação do meio ambiente. A Semana também celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente (05 de junho), que foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, na Suécia.

Uma forma de comemorá-la é conhecendo melhor alguns dos nossos 74 parques nacionais, que se espalham por 23 estados e o Distrito Federal. Em tempos de isolamento social e suspensão da visitação aos parques, o jeito é fazer isso virtualmente, por meio do Movimento Pé no Parque.

Vista da trilha Transcarioca no Parque Nacional da Tijuca, Rio de Janeiro (Crédito: Luciola Vilella/MTUR)

Outra maneira de prestigiar é através da leitura dessas duas poesias (“Árvore Frondosa” e “O Mar”) com mais de 40 anos, porém muito atuais na opinião de amigos críticos.

ÁRVORE FRONDOSA

Vejo ao alto frondosa arvore
plena de flores e de frutos,
em seu corpo, bailam os insetos,
em seus braços, cantam os pássaros,
amor fraternal entre flora e fauna.

Vejo ao alto frondosa árvore
abrigando as chuvas prateadas de verso,
fertilizando o solo coin seu suor,
transpirando oxigênio puro para o homem (seu irmão).

Vejo ao alto frondosa arvore
pura e bela, tal uma virgem no altar de sacrifício,
ameaçada pelo machado do lenhador
pior, vejo-a com suas irmãs
queimadas e destruídas pelas bombas napalm.

Vejo ao alto o homicídio doloso,
o crime contra a natureza,
o genocídio contra a humanidade,
veto ao alto
nada, morta, nada, morta, nada, morta,…

O MAR

O mar e verde, branco ou azul?
não importa a cor da ilusão,
e fonte de vida e de amor
recanto do poeta apaixonado
palco das grandes batalhas
cenário de enormes conquistas.

O mar abrigou Fenícios, Vikings,
Ulisses e galeras Romanas,
guardou lendas cantadas em seu nome.

As ninfas bailaram em suas espumas,
sereias da beleza e do amor
esteiras das ondas límpidas
infinito da arte humana.

O mar está sujo
camadas petrolíferas cobrem-no tal um manto,
matando-lhes os filhos
no maior genocídio da natureza.

O mar está louco
ameaçando com maremotos
grita e exclama Cícero:
– Ate quando, homem individualista,
– Abusaras da minha paciência?


WALTER OAQUIM – Advogado, Ex-Secretário de Estado de Esporte e Lazer RJ, Ex-Secretário do Estatuto da Criança e do Adolescente, Ex-Presidente da SUDERJ (Maracanã), Ex-Presidente da FIA-Fundação da Infância e Adolescência, Ex-Presidente do Conselho Estadual da Criança e do Adolescente, Grande Benemérito do Clube de Regatas do Flamengo e Membro do Conselho Consultivo do Jornal Tribuna da Imprensa Livre.