Redação –
O presidente Jair Bolsonaro convidou um grupo de executivos para jantar na 4ª feira (7.abr.2021), em São Paulo. Entre eles, Rubens Ometto (Cosan), Flávio Rocha (Riachuelo), André Esteves (BTG Pactual) e Luiz Trabuco (Bradesco).
Um dos organizadores do encontro previsto para 4ª feira é o ministro das Comunicações, Fábio Faria. Do governo, também deve participar o ministro de Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. É possível que Campos Neto (Banco Central) também vá. Outro presença importante prevista é a de Paulo Guedes (Economia), que tem sido alvo do Centrão por declarar que o Orçamento de 2021 é “inexequível”.
Os objetivos do Planalto na ocasião serão mitigar críticas e melhorar a interlocução com o mercado, que tem sinalizado insatisfação com a condução da pandemia pelo governo.
O alerta foi acionado quando, em carta, mais de 500 economistas, banqueiros, empresários e ex-ministros mostraram contrariedade com os rumos da covid-19 no País.
O jantar também é visto como um “sinal de vida” do Executivo aos players da economia para fazer frente aos presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). Desde a 1ª semana de março, os presidentes da Câmara e do Senado têm se reunido com empresários para ouvir as demandas do setor.
Em 1º de março, tiveram reunião com empresários da Fiesp (Federação de Indústrias do Estado de São Paulo). O convite foi do presidente da instituição, Paulo Skaf. No fim do mês, os chefes da Câmara e do Senado jantaram com o mesmo grupo convidado agora por Bolsonaro.
Ainda não foi definido, mas até o momento a expectativa é que o anfitrião do jantar seja Washington Cinel, dono da Gocil, empresa do ramo de segurança privada. Foi na casa dele, no Jardim Europa, que Lira e Pacheco foram recebidos em São Paulo.
Bolsonaro espera confirmação de parte dos convidados. O Poder360 apurou que nem todos os empresários aceitaram o convite.
BOLSONARO E O MERCADO
A relação de Bolsonaro com o mercado financeiro tem sido receptiva, mas escorregadia. O presidente já disse mais de uma vez que os agentes econômicos se “irritam” com “qualquer coisa que se fala”.
O chefe do Executivo alfinetou os investidores em fevereiro, quando comentava sobre a busca de soluções para reduzir o PIS/Cofins que incidia sobre o diesel e sobre a extensão do auxílio emergencial.
“Queremos tratar de diminuir impostos em um clima de tranquilidade, não em um clima conflituoso. O pessoal do mercado, qualquer coisa que se fala aqui, vocês ficam irritadinhos na ponta da linha”, disse em transmissão ao vivo em sua conta oficial nas redes sociais.
Fonte: Poder360
MAZOLA
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