Redação –
Aumentaram em 26% casos suspeitos da Covid–19 nas empresas de ônibus urbano em SP. Avanço da doença ocorre após o relaxamento da quarentena determinado pela Prefeitura e presidente do sindicato da categoria aponta superlotação como principal causa.
Levantamento divulgado no sábado (13/06) pela Secretaria de Saúde do Sindicato dos Motoristas de São Paulo (SindMotoristas–SP) confirmou que houve aumento significativo de casos suspeitos de contaminação dos trabalhadores e trabalhadoras da categoria nos últimos 25 dias. Pelos dados são 707 casos suspeitos – acréscimo de 26,4%; 155 confirmados, 15,4%, e 40 mortos , 12,5% – sendo 9 confirmadas por complicações da doença e 31 que ainda aguardam o resultado dos exames.
Valmir Santana da Paz (o Sorriso), presidente em exercício do sindicato, disse que a direção da entidade tem fiscalizado as empresas quanto ao fornecimento dos EPIs, orienta todos a se manterem protegidos com o uso de máscara, álcool em gel e lavar as mãos sempre que possível em locais apropriados.
“Tememos que o problema possa fugir de controle se os coletivos continuarem superlotados, expondo a maiores riscos de contágio condutores e passageiros. Os ônibus podem virar incubadoras do coronavírus”, afirmou.
De acordo com o sindicalista a preocupação com o aumento de casos na categoria é constante, principalmente, após o relaxamento da quarentena no estado de São Paulo, que segundo projeções de um grupo de pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), poderá provocar um aumento de 71% no número de mortes causadas pela Covid-19 no estado até o início de julho.
Fonte: Portal CTB, por Nailton Francisco – Jornalista e coordenador de Comunicação do Sindicato dos Motoristas de São Paulo
