Por José Macedo –
Em 24 de outubro de 2017, na livraria Travessa, Leblon (Shopping), ocorreu o lançamento de mais um livro do escritor, Flávio Tavares. Che Guevara é olhado, acompanhado e escrito por quem viveu, no século passado, um dos momentos mais épicos de nossa história.
Conheci o Flávio, quando militava no PDT do Brizola. Tudo que esse trabalhista socialista, igual a mim, escreveu e escreve merece ser lido.
Trata-se de um grande conhecedor e intérprete de seu/nosso tempo. Che Guevara, sim, encarna a utopia de nossa geração, a do direito justo, da Justiça Social e dos direitos, da luta pela igualdade, pela extinção das iniquidades sociais, contra o cultivo do ódio e dos predadores da natureza, em nome do capital e do desenvolvimentismo.
Eram, em síntese, nossas bandeiras, nossas lutas.
Há, exatamente, 04 anos, fui ao lançamento do livro do escritor mineiro, Flávio Tavares. Lá, encontrei-me com antigos amigos do PDT do Brizola e outros, na concorrida fila de autógrafos. Eu sinto falta desses momentos e dessas pessoas, porque, o momento político e econômico, no caso brasileiro, é marcado por traços proto-fascistas ou fascistoides. Além de tudo, diante de tantas contradições, as expectativas transformadoras e de mudanças são incertas, trazendo inquietações a todos nós, que pensamos e buscamos saídas para esse pesadelo no qual nos encontramos.
Os sonhos e a utopia não podem desaparecer, por força do poderio das forças expropriadoras dos recursos naturais e humanos. Não podemos consentir que, as forças expropriadoras pisem em nossos pescoços e morramos asfixiados. Sem dúvida, Che foi esse sonho e essa utopia transformadores, mesmo que, eventualmente, discordemos de seus métodos.
Nossa utopia não pode morrer!
JOSÉ MACEDO – Advogado, economista, jornalista e colunista do jornal Tribuna da Imprensa Livre
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