Redação –
Promotora vê indício de improbidade administrativa e indício de violação ao direito constitucional à liberdade de imprensa. Crivella terá que dizer se sabia da existência do grupo e participava dele; telefone do prefeito consta na relação.
O Ministério Público do Rio abriu um inquérito para investigar o caso “Guardiões do Crivella” e pediu esclarecimentos ao prefeito em relação ao caso revelado pelo RJ2 na última segunda-feira (31).
O que diz o MP
- suposto ato de improbidade administrativa cometido por agentes públicos
- suspeita de atrapalhar livre manifestação de cidadãos e da imprensa, com ônus aos cofres públicos
- pede esclarecimentos ao prefeito Marcelo Crivella, incluindo se ele sabe ou participa do grupo ‘Guardiões do Crivella’
- indícios de violação ao direito constitucional à liberdade de imprensa
- indício de violação ao direito à livre manifestação de pensamento
- indício do uso de máquina pública para fins particulares
Mais cedo, o próprio MP tinha aberto um procedimento preparatório criminal para investigar — que é um procedimento anterior ao inquérito.
Resumo
- funcionários da prefeitura vão a hospitais para fazer plantão e impedir reportagens ou denúncias
- eles se organizam em grupos de WhatsApp, formados também pelo prefeito e por secretários
- após a reportagem, o Ministério Público abriu uma investigação sobre o caso
- um pedido de impeachment foi protocolado na Câmara dos Vereadores
Como funciona o esquema
- os “guardiões” são distribuídos por escalas, postam fotos para “bater ponto” e comemoram quando atrapalham a imprensa
- O líder do esquema é Marcos Luciano (o ML), que foi missionário com Crivella e é assessor especial do gabinete do prefeito
- ML teve bens apreendidos, como celular, notebooks e dinheiro
- há funcionários que têm salário maior do que enfermeiros e técnicos de enfermagem
Os Guardiões do Crivella no 1º escalão
Membros do primeiro escalão do governo fazem parte do grupo “Guardiões do Crivella”. São eles:
- Marcelo Crivella – prefeito do Rio;
- Beatriz Busch – secretária municipal de Saúde;
- Paulo Amêndola – presidente do Instituto Pereira Passos;
- Adolfo Konder – secretário Municipal de Cultura;
- Valéria Blanc – assessora que faz a interlocução do prefeito com a imprensa;
- Marcelo Marques – Procurador-Geral do município;
- Paulo Mangueira – presidente da Comlurb;
- Margareth Cabral – chefe de Gabinete do prefeito;
- Airton Aguiar – presidente da CET-Rio;
- Paulo Albino – secretário especial do prefeito;
- Flávio Graça – superintendente de Educação da Vigilância Sanitária.
Nas mensagens obtidas pelo RJ1, eles não se manifestam.
Leia também: PSOL pede impeachment de Crivella por “guardiões” da Saúde
Leia também: Chefe dos Guardiões de Crivella agradece presentes e faz propaganda nas redes sociais
Fonte: G1
MAZOLA
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