Por Humberto Lemos

Temos visto nas últimas semanas um aumento de matérias negativas na imprensa sobre a Cedae. Parte da mídia sempre atacou a companhia com informações tendenciosas, com o objetivo de acelerar a privatização da Cedae. Fazem o jogo dos empresários e empresas estrangeiras que desejam abocanhar nossa água. Essa mídia que nunca ouviu o lado dos trabalhadores e do Sindicato para explicar o que realmente acontece com a Cedae.

Não falam, por exemplo, da desastrosa gestão do ex-presidente da Cedae, Hélio Cabral, o mesmo que no começo do ano passado foi o responsável por liberar a água com geosmina para a população. Uma medida não recomendada naquele momento.

Esse mesmo Hélio Cabral foi o responsável também por demitir 54 engenheiros, muitos deles com mais de 25 anos de Casa, com larga experiência na Cedae. Não por acaso, Hélio fugiu correndo da audiência pública realizada pela Alerj sem responder os questionamentos dos deputados. Uma vergonhosa atitude!

A mídia tendenciosa não fala também que o problema da qualidade da água está na falta de investimentos dos governos federal, estadual municipais. Na Baixada Fluminense, Queimados e Nova Iguaçu não contam com tratamento de esgoto. Falta ainda fiscalização do poder público contra as indústrias que jogam seu esgoto direto nos rios, sem qualquer tratamento, como acontece no Rio Paraíba do Sul e no distrito industrial de Queimados.

Mesmo assim, graças à dedicação e conhecimento técnico dos seus funcionários, a Cedae tem conseguido, durante todos esses anos, garantir uma água de qualidade para a maior parte da população. Nossa companhia, que dá lucro ano após ano, precisa receber mais investimentos e realizar concurso público para termos mais funcionários que possam dar conta da demanda do Estado.

Fortalecer a Cedae Pública, Estatal e Indivisível é o caminho para garantir que a água de qualidade chegue nas casas das pessoas, por um preço justo, cuidando para que as áreas com comunidades carentes também recebam o serviço da Cedae.

***

Saiba mais: HUMBERTO LEMOS: O governo Bolsonaro publicou decreto em abril de 2020, que excluiu o saneamento como serviço essencial – um crime contra o povo!


HUMBERTO LEMOS é presidente do Sintsama-RJ.